Uma despedida, um regresso a casa e um momento insólito marcaram o festival VOA
Se os Moonspell apresentaram, neste regresso à casa de sempre, um concerto baseado no mais recente trabalho, “1755”, um concept album sobre o terramoto de Lisboa, muitos momentos neste festival ameaçaram criar um novo tremor de terra - foi o que aconteceu, por exemplo, quando Randy Blythe, dos Lamb of God, pediu ao público que transformasse a Altice Arena numa gigantesca mosh pit onde, além de milhares de metaleiros em delírio, andou também uma bóia em forma de flamingo...
Houve também emoção, quando Tom Araya, dos Slayer, passou longos minutos em silêncio, de lágrimas nos olhos, a contemplar a plateia no final daquele que foi anunciado como último da banda em Portugal, parte da digressão de adeus dos veteranos do thrash. Um concerto que os milhares de fãs presentes guardaram na memória para um dia contar aos netos.
Neste festival nascido em Vagos (Aveiro) e mudado para a capital portuguesa, pelo palco da Altice (solução de última hora a que obrigou um problema de segurança no Estádio do Restelo) passaram ainda uns extraterrestres chamados Slipknot, um (infelizmente único) toque feminino com Alissa White-Gluz dos Arch Enemy e o insólito aconteceu quando os norte-americanos Trivium convidaram a subir ao palco...o artista popular português Toy, para uma atuação conjunta inesperada. Link aqui
Dois dias que provaram que o metal se reinventa e, sobretudo, está bem e recomenda-se.