Descobrir o prazer da masturbação entre orações

Descobrir o prazer da masturbação entre orações
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De  Francisco Marques

"Yes, God, Yes" apresenta-nos a história de "Alice", uma adolescente educada num ambiente católico que descobre pela Internet a porta para uma outra dimensão mais feminina: a masturbação.

O processo de descoberta dá-se pela esvoaçar metafórico de borboletas provocado pela atração sexual. Um rapaz tira do sério a rapariga.

Numa conversa pela internet, a curiosidade de "Alice" é despertada para a masturbação e daí à experiência... foi fácil!

A estrela da série televisiva "Stranger Things", da Netflix, Natalia Dyer dá corpo a "Alice" e fala de uma personagem adolescente "curiosa, surpreendida e confusa, que olha para os colegas e para a sociedade que a rodeia em busca de ajuda para compreender o que se passa no seu corpo".

"Repetidamente, 'Alice' choca com contradições e obstáculos. O próprio corpo tenta dizer-lhe que é tudo normal", explica-nos Dyer, de 25 anos.

A realizador e argumentista de "Yes, God, Yes", Karen Maine, diz-nos ter-se baseado na própria experiência, tendo "crescido sob uma educação católica no Iowa desde o infantário até à escola secundária".

"Foram 12 anos de escola e eu não me apercebi o que era aquela estranha experiência até que deixei o Iowa e percebi que ninguém tinha crescido daquela forma", conta-nos a cineasta.

"Yes, God, Yes", ainda sem tradução para português, estreou em março do ano passado no festival South by Southwest (SxSW) em Austin, no Texas.

Chega agora ao circuito comercial, com algumas sessões marcadas para cinemas ao ar livre (drive-in) nos Estados Unidos e no Japão antes de ficar disponível também nas plataformas digitais online.