Das paredes do metro de Nova Iorque para espaços de exposição do mundo inteiro, os desenhos e obras de Keith Haring tornaram-se ícones da pop art.
Desta vez podem ser apreciados no Museu Folkwang, em Essen, na Alemanha.
O diretor do Museu, Peter Gorschlueter, lembra a importância do artista: "Ele foi um dos artistas que disse muito cedo que a arte deve sair para o público, deixar o espaço do museu, alargar a definição do que é ser um artista, procurar novas formas de divulgação e de participação e, ao fazê-lo, não só quebrou os limites do ecrã, mas também os das instituições de arte.
A exposição, de 200 obras, mostra Haring não só como artista, mas também como networker intérprete e ativista, com reações contínuas a temas prementes do seu tempo, tais como racismo, homofobia, toxicodependência, destruição ambiental, e capitalismo".
O curador da exposição, Hans-Jürgen Lechtreck, diz que ele, "não só inventou motivos populares, mas também se empenhou política e socialmente, e abordou muitas coisas que são violentas, que podem causar medo. E tudo isto o tornou especial, e também o torna especial hoje como artista que não faz concessões a nada e quer tornar tudo visível.
O artista da transparência lutou também, nas obras e na vida, contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), vítima do qual viria a desaparecer em 1990.
Nascido em Reading, na Pensilvânia, em 1958, Haring estudou grafismo publicitário e arte em Pittsburgh e Nova Iorque. A partir de 1980 criou os seus primeiros trabalhos em espaços públicos - passeios ou corredores de metro - incluindo figuras inspiradas em _graffit_i, tais como um bebé a rastejar ou um cão a ladrar.
Tornou-se rapidamente conhecido internacionalmente e pintou muros em Amesterdão, Paris e Berlim, entre outros locais.
Agora, o génio de Keith Haring pode ser descoberto ou recordado, até 29 de novembro, em Essen, na Alemanha.