Uma mulher excecional que soube ultrapassar as dificuldades, este o mote da exposição sobre a vida e obra de Simone Veil que abriu ao público na Câmara Municipal de Paris.
Da deportação para os campos de concentração nazis e do Holocausto onde perdeu ambos os pais, ambos os eventos deixaram marcas profundas na jovem adolescente Simone Veil.
Mas tarde lutou em prol da justiça tornando-se pioneira do direito ao aborto que foi adotado em França em 1974.
"Temos muitos documentos inéditos, que nunca sairam dos arquivos e que serão apresentados ao público pela primeira vez. Alguns são apresentados em livro, reproduções em livros publicados recentemente sobre Simone Veil. e outros que encontrámos. Aqui o visitante terá oportunidade de os ver no formato original, poder ler à vontade e ver como Simone Veil escreve...", afirma Constance de Gaulmyn, curadora dos Arquivos Nacionais e responsável pela coleção Simone Veil.
A exposição reúne quase 500 documentos que testemunham uma vida de batalhas e vitórias para a mulher que também foi a primeira presidente do Parlamento Europeu.
"As pessoas poderão descobrir uma série de documentos diversos que refletem a diversidade das facetas de Simone Veil: magistrada, ministra, eurodeputada, testemunha do Holocausto e no final de vida, ídolo republicano. Reivindicou de forma calma e com muita dignidade que não existe qualquer razão para o tratamento diferenciado entre homens e mulheres", adianta Olivier Rosenberg, professor de Ciência Política e curador da exposição.
Quatro anos decorridos após a sua morte, a memória de Simone Veil continua bem viva tal como as batalhas que travou.
A exposição fica aberta ao público até ao dia 21 de agosto.