Na passada quinta-feira, a procuradora de Paris, Laure Beccuau, anunciou cinco novas detenções relacionadas com este roubo de grande visibilidade. Acrescentou ainda que as joias roubadas, no valor de 88 milhões de euros, continuam por ser encontradas.
Duas novas pessoas foram acusadas no sábado, na sequência do assalto ao museu do Louvre, disse à Franceinfo uma fonte próxima do caso.
Um homem de 37 anos foi acusado de "roubo em grupo organizado", por suspeita de ter feito parte do comando que assaltou o Louvre e de ter roubado a gôndola que permitiu o assalto. Está também a ser investigado por "conspiração criminosa".
Uma mulher de 38 anos foi acusada de "cumplicidade no roubo organizado" do Louvre e de "conspiração criminosa". O Ministério Público pediu a sua prisão preventiva.
Três outras pessoas foram libertadas da prisão preventiva sem que tenham sido objeto de procedimento penal nesta fase.
Outros desenvolvimentos do inquérito
Na passada quinta-feira, 30 de outubro, a procuradora de Paris, Laure Beccuau, anunciou que cinco novas pessoas tinham sido detidas e colocadas sob custódia.
"Um deles era, de facto, um dos alvos dos investigadores e tinham-no na mira", declarou à RTL, acrescentando que tinham sido encontrados "vestígios de ADN" no local do crime.
As outras quatro detenções dizem respeito a pessoas que poderiam fornecer informações sobre o roubo, acrescentou, sem revelar mais detalhes.
Durante uma conferência de imprensa na quarta-feira, Laure Beccuau revelou que as duas pessoas detidas no sábado à noite por suspeita de envolvimento no assalto espetacular ao Louvre tinham "admitido parcialmente o seu envolvimento".
Debate sobre as medidas de segurança
O "assalto do século" suscitou um intenso debate sobre a segurança do Louvre, o museu de arte mais visitado do mundo.
Na sexta-feira, a ministra da Cultura, Rachida Dati, revelou as primeiras conclusões do inquérito da Inspeção-Geral dos Assuntos Culturais, com uma avaliação muito crítica: "subestimação crónica e estrutural do risco de intrusão e roubo" por parte do Louvre, "sistemas de segurança subequipados", governação "inadequada" e protocolos "totalmente obsoletos" de reação a roubos e intrusões.
Rachida Dati afirmou que os alarmes funcionaram durante o roubo, mas reconheceu "falhas de segurança". " Não podemos continuar assim", insistiu, segundo o Le Figaro.
Em resposta, o Louvre irá instalar dispositivos anti-intrusão e antiveículo na via pública durante os próximos dois meses, anunciou o Ministro da Cultura na sexta-feira, sob pressão após o roubo das joias da coroa do museu a 19 de outubro.
"Na via pública, serão instalados dispositivos antiveículo e anti-intrusão antes do final do ano", declarou na TF1 na sexta-feira.
Os ladrões usaram um camião de recolha de cerejas para chegar a uma janela da galeria Apollo e fugiram com oito jóias da Coroa em poucos minutos.
Esta semana, o Senado francês analisou as falhas do sistema de vigilância e as responsabilidades envolvidas, com alguns deputados e sindicatos a questionar se as medidas adoptadas pelo ministro são mais gestos simbólicos do que uma reforma duradoura.
Laurence des Cars, diretora do Louvre, já afirmou que o museu precisa de barreiras físicas para impedir que os veículos estacionem perto das vitrinas mais vulneráveis.
Pediu também a instalação de uma esquadra de polícia diretamente no museu, para reforçar a segurança num local que atrai mais de 8 milhões de visitantes por ano.