A batalha do cinema europeu pelo box office

Eric, Paris: A presença dos filmes europeus nos ecrãs continua a ser minoritária quando comparada aos filmes americanos. Porque é que isso acontece e como dar maior visibilidade ao cinema europeu?
Claude-Eric Poiroux, diretor-geral de “Europa Cinemas”: “É verdade que o cinema americano domina 70% do mercado na Europa. É um facto, mas também é o poder comercial, o star system. Julgo que também se deve à qualidade de algum tipo de cinema. Não se pode negar isso.
Mas o cinema europeu já não está ausente das salas. Estou a pensar na rede “Europa Cinemas”, que represento. Para 2500 ecrãs programam-se mais de 60% das respetivas sessões para filmes europeus de várias nacionalidades e por isso essa diversidade existe na Europa.
São muitos os filmes europeus. Produz-se mais de mil por ano. Por isso é algo significativo e que merece ser visto pelos espetadores no conjunto do nosso continente.
Nos países onde existem poucos ecrãs, o cinema americano monopoliza, porque tem poder e oferta. Em França, existem mais de 5000 ecrãs e conseguimos um equilíbrio da programação. Isso acontece também em vários países da Europa.
A União Europeia apoia esta rede há mais de duas décadas. Atualmente apoia também para que possamos inovar.
Julgo que o futuro passa por confiar nas gerações mais jovens, por continuar a levá-las às salas. Sabem que as salas são confortáveis, que é um espetáculo. Acredito que os responsáveis pelas salas e os funcionários da União Europeia estão conscientes que é um futuro importante a desenvolver com as novas gerações que estão, em geral, bem conectadas.”
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