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Segurança energética europeia depende de novos fornecedores

Segurança energética europeia depende de novos fornecedores
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De Isabel Marques da Silva com LUSA
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A União Europeia (UE) gasta 400 mil milhões de euros por ano para importar mais de metade da energia que consome e parte desse fornecimento ficou em risco devido à crise com a Rússia, a quem compra 30

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A União Europeia (UE) gasta 400 mil milhões de euros por ano para importar mais de metade da energia que consome e parte desse fornecimento ficou em risco devido à crise com a Rússia, a quem compra 30% do gás.

A Comissão Europeia apresentou, esta quarta-feira, propostas para criar uma União da Energia, nomeadamente diversificar os fornecedores de gás e aumentar as interligações da rede elétrica.

“Vamos diversificar os fornecedores de gás através da promoção do chamado corredor do sul, fazendo acordos com o Azerbaijão e o Turquemenistão. Também vamos aumentar as interligações de eletricidade com a Argélia, a Península Ibérica e o território francês através de um novo projeto que atravessa os Pirenéus”, disse o comissário europeu para a Energia e o Clima, Miguel Arias Cañete.

O comissário europeu para a Investigação, Carlos Moedas, considerou “muito importante para Portugal” a promoção das interligações energéticas. O país não compra gás à Rússia, mas tem excedentes energéticos para vender, obtidos com a exploração das fontes renováveis.

“Acordou-se que até 2020 se conseguia ter 10% de interconexões, ou seja de passagem de energia entre os vizinhos, e de 15% até 2030. Penso que é uma medida essencial e de uma grande importância para o futuro de Portugal (atualmente com apenas 7% de interconexão)”, considerou.

Combate às alterações climáticas

Mas a UE tem de equilibrar a segurança energética com recentes compromissos para diminuir o uso de energias poluentes que causam o aquecimento global.

Bruxelas promete promover as fontes renováveis, tais como vento e sol, e medidas para maior poupança de energia.

O objetivo é que essas duas estratégias cresçam em 27%, cada, até 2030, mas as associações ambientalistas defendem mais ambição.

“Se essas metas fossem aumentadas para 40%, iriam reduzir fortemente as importações de gás e de petróleo da Rússia e do Oriente Médio, etc. Também aumentaria o rendimento disponível para as famílias. Elas gastariam menos em energia porque as casas teriam melhor isolamento térmico”, defendeu Wendel Trio, diretor da Climate Action Network Europe.

Este pacote é também um sinal da posição da UE para a Conferência da ONU sobre o Clima, em Paris, em dezembro, que visa forjar um acordo global para combater as mudanças climáticas.

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