O Conselho Europeu para os Refugiados e Exilados (ECRE) alerta que a Europa se encontra numa encruzilhada, divida entre a solidariedade e a falta de
O Conselho Europeu para os Refugiados e Exilados (ECRE) alerta que a Europa se encontra numa encruzilhada, divida entre a solidariedade e a falta de concertação entre os Estados-membros.
Os dados constam do relatório anual sobre o Estado de asilo na Europa, que reúne elementos a partir do Banco de Dados de Informações em matéria de Asilo (AIDA) e que foi divulgado esta quinta-feira.
“‘Existe uma tendência pública, porque o que estamos a perceber com estes atos espontâneos de voluntários e de Organizações Não Governamentais é que o fazem porque percebem que o Governo não pode ou não vai fazer coisa alguma. Por isso reagem rapidamente. É assim nas ilhas gregas e até mesmo na Hungria, onde os atos das pessoas contrariam bastante a posição do Governo. O mesmo se passa na Alemanha e Áustria”, explica Michael Diedring, secretário-geral do Conselho Europeu para os Refugiados e Exilados.
A pesquisa reúne números de 16 Estados-membros, da Suíça e da Turquia. Para Diedring, a Europa tem de ser mais ambiciosa: “Uma das coisas que precisamos em primeiro lugar é de canais seguros e legais para que as pessoas venham para a Europa. O fato de não existirem canais legais faz com que as pessoas coloquem as vidas nas mãos de contrabandistas. Têm de mover-se de forma irregular, de arriscar as vidas e isso é uma situação praticamente incontrolável quando as pessoas percorrem o próprio caminho.”
De acordo com o secretário-geral do Conselho Europeu para os Refugiados e Exilados, à falta de uma resposta clara da Europa, a sociedade civil tem sido uma espinha dorsal para o sistema europeu de asilo.