UE espera que negociações do Brexit não se atrasem ainda mais

UE espera que negociações do Brexit não se atrasem ainda mais
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De  Isabel Marques da Silva com LUSA
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A Comissão Europeia está "ansiosamente à espera" que comecem as negociações do Brexit e tem esperança que a perda da maioria absoluta do Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, "não ten

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A Comissão Europeia está “ansiosamente à espera” que comecem as negociações do Brexit e tem esperança que a perda da maioria absoluta do Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, “não tenha impacto de maior”, disse Jean-Claude Juncker.

“Espero que o Reino Unido esteja pronto para iniciar as negociações, já que Comissão poderia fazê-lo amanhã, a partir das 9h30. Estamos à espera de visitas de Londres e espero que não haja mais atrasos na conclusão destas negociações”, disse o presidente do executivo europeu durante uma conferência, sexta-feira, em Praga, capital da República Checa.

Outros líderes das instituições europeias mostraram-se preocupados com a situação em mensagens no Twitter, incluindo Donald Tusk, Michel Barnier e Guy Verhofstadt, que têm, formalmente, papeis importantes a desempenhar nas negociações.

O processo deveria desenrolar-se ao longo de dois anos: numa primeira fase sobre as “modalidades de saída” do Reino Unido do bloco, seguida de outra sobre o quadro das futuras relações.

“Os nossos amigos britânicos foram às urnas um ano após o referendo, mas ainda não conhecemos a posição britânica para as negociações sobre o Brexit e parece ser difícil prever quando é que isso acontecerá, porque o processo democrático, por vezes, requer tempo”, afirmou Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia.

O Reino Unido tem agora o que costumam chamar de “Parlamento suspenso”, em que nenhum partido poderá governar sozinho, precisando do apoio de outras formações políticas.

Quando estavam declarados 649 dos 650 lugares na Câmara dos Comuns, o partido Conservador elegeu 318, menos oito do que os necessários para uma maioria absoluta e menos 12 do que antes das eleições.

O partido Trabalhista adicionou 29 aos que possuía, somando 261 deputados.

O Partido Nacionalista Escocês conquistou 35 lugares, os Liberais Democratas 12 (+4), o Partido Democrático Unionista (Irlanda do Norte) 10 (+2), o Sinn Féin sete (+3), os nacionalistas galeses do Plaid Cymru quatro (+1), os Verdes um e foi eleito um independente na Irlanda do Norte.

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