Autarcas independentistas visitam Puigdemont

Autarcas independentistas visitam Puigdemont
De  Isabel Silva

Sob um coro de apelo à liberdade, o líder destituído do governo regional da Catalunha falou para os cerca de 200 autarcas independentistas que se deslocaram, terça-feira, a Bruxelas.

Sob um coro de apelo à liberdade, o líder destituído do governo regional da Catalunha falou para os cerca de 200 autarcas independentistas que se deslocaram, terça-feira, a Bruxelas, para lhe dar o seu apoio.

Carles Puidgmont aproveitou para colocar uma pergunta aos líderes comunitários sobre as eleições convocadas para 21 de dezembro.

“Senhor Juncker, Senhor Tajani, vão aceitar ou não o resultado das eleições catalãs? No caso de os catalães manterem o apoio aos independentistas, no governo e no parlamento, e escolherem democraticamente criar um Estado independente, vão aceitar isso ou não?”


Os autarcas não foram recebidos por instituições comunitárias, mas fizeram-se ouvir no chamado quarteirão europeu, com apelos à libertação daqueles que apelidam de presos políticos.

Os independentistas continuam a insistir na mediação internacional, que tarda em chegar, já que a União Europeia continua ao lado do governo central de Madrid.

“Precisamos que a Europa nos escute e que diga ao governo espanhol que já chega, que não pode fazer mais nada e que deve deixar a Catalunha obter a autodeterminação, se autogovernar e decidir aquilo que quer ser”, disse Maties Seraracant, presidente da câmara de Sabadell.


Já a associação comercial catalã “Empresaris de Catalunya” consegue ser recebida em instituições europeias, nomeadamente no Parlamento.

A organização defende a manutenção da Catalunha como parte de Espanha e queixa-se do facto de mais de 2000 empresas terem mudado a sede social para outras regiões.

“Estamos a assistir a uma paralisação da economia e não podemos continuar assim. Não podemos ter um governo antidemocrático e irresponsável como o que governava a região e que se declarou acima da lei. O nacionalismo e o populismo são maus para os negócios”, disse Carlos Rivadulla, vice-presidente.

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