A música como veículo de diálogo e tolerância. É assim que o grupo "Syrians Got Talent" vê o seu papel quando se apresenta ao público, como aconteceu por ocasião da conferência de apoio ao povo sírio, em Bruxelas, terça-feira, organizada pela União Europeia e pela ONU.
A música como veículo de diálogo e tolerância. É assim que o grupo "Syrians Got Talent" vê o seu papel quando se apresenta ao público, como aconteceu por ocasião da conferência de apoio ao povo sírio, em Bruxelas, terça-feira, organizada pela União Europeia e pela ONU.
"Fundei o grupo logo a seguir aos ataques terroristas no Bataclan, em Paris, para enviar uma forte mensagem de solidariedade para com os refugiados sírios, que foram caluniados por alguma imprensa, e para dizer que os europeus devem ser acolhedores para com eles", disse, à euronews, Schams El Ghoneimi, o fundador.
Os "Sírios Têm Talento", na tradução para português, é constituído por refugiados que apresentam temas em Árabe, Francês e Inglês, tentando fazer uma ponte ente ocidente e oriente.
"É uma ideia muito boa porque as pessoas podem ter uma melhor noção de quem são os sírios e o que é ser refugiado", disse a vocalista, Louloua Rahmoun.
A música é também uma forma de terapia para curar traumas de guerra e uma forma de aumentar a resiliência daqueles que têm de viver longe da pátria.
O violinista Mabad Soleiman afirmou que "tentamos passar a mensagem de que fazemos música muito bonita, que tentamos aprender a língua, que vamos à escola e que fazemos tudo para nos integrarmos neste país que tem sido maravilhoso conosco".
De Rachid Taha a Jacques Brel, o grupo revisita várias sonoridades e poesias, ajudando a proteger a rica cultura do povo sírio até que um dia se calem as armas no país.