Zelensky quer reforçar laços UE-Ucrânia
PUBLICIDADEO recém-eleito presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é o anfitrião da cimeira UE-Ucrânia, segunda-feira, em Kiev (capital). Além dos encontros em salas faustosas, Zelensky quis levar o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, até Lugansk, uma das linhas da frente da guerra civil em curso, há cinco anos.
A manutenção das sanções contra a Rússia pelo apoio que dá aos rebeldes separatistas é um dos pontos altos da agenda.
"Volodymyr Zelensky tem sido bastante firme na sua posição de não fazer concessões ao Kremlin. Mas há quem sugira que há espaço de manobra na relação com o governo russo, já que uma das promessas durante a campanha presidencial foi promover o processo de paz, que está num impasse neste momento", disse, à euronews, Peter Dickinson, analista do Atlantic Council.
Adesão à União Europeia ainda é sonho longínquo
O ex-comediante espera poder mostrar as suas capacidades como estadista de um país que ambiciona ser membro da União Europeia e da NATO. Um país cujas ambições europeias lhe custaram uma guerra civil, mas há outros entraves.
"Há grandes obstáculos à adesão, nomedamente por causa da corrupção e do relacionamento do Estado com os oligarcas. O presidente Volodymyr Zelensky tem um importante oportunidade para a sua afirmação no cenário internacional, no sentido de construir um bom relacionamento com Bruxelas. O seu antecessor, Petro Poroshenko, disse que não pode haver retrocesso na agenda de futura integração da Ucrânia na União Europeia. A cimeira é uma oportunidade para manter viva essa cham,a mas é também o momento em que se torna óbvio que há muito trabalho a fazer pela frente", explica o correspondente da euronews, Darren McCaffrey.