Parlamento Europeu aprova nomeação de Borrell

O parlamento europeu aprovou a nomeação de Josep Borrell para chefe da diplomacia europeia.
Entre os desafios que o esperam conta-se a situação nos Balcãs e, em particular, no Kosovo.
Para Borrel, originário da Catalunha, trata-se de um tema delicado pois a Espanha nunca reconheceu a independência do Kosovo.
"Discordamos no reconhecimento mas concordamos no empenho. E uma coisa é clara: o Kosovo e a Sérvia têm que alcançar um acordo. Isto é importante e vou esforçar-me por cumprir esta prioridade. De facto, a minha primeira visita será a Pristina", anunciou Borrell.
Durante a audiência Borrell teve que responder a questões difíceis, nomeadamente, relativamente a ativos que detém.
"Devido à sua história de conflito de interesses, que o levaram à demissão da universidade e uma multa de 30 mil euros em separado por informações privilegiadas, considera vender os ativos em seu poder para evitar problemas?", questionou a eurodeputada checa Markéta Gregorová, do Grupo dos Verdes.
Borrell afirma que vai vender as ações mas negou ter utilizado informações privilegiadas.
"Alguém que vende 7% dos ativos mas mantém os outros 93%, que acaba por perder na totalidade num valor superior a 300 mil euros, se ele tinha informações privilegiadas, então é estúpido", afirmou Borrell.
O futuro Alto Representante da UE para a Política Externa aproveitou a audiência para se desculpar de comentários feitos sobre Índios norte-americanos insistindo que existe uma ameaça na Europa de Leste e que as sanções contra a Rússia devem ser mantidas.