PM do Kosovo critica chefe da diplomacia da UE

Primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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Eleito há menos de um mês, Albin Kurti fala da relação do Kosovo com a UE e com a Sérvia, em entrevista exclusiva à euronews.

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Há menos de um mês no poder, o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, deu uma entrevista exclusiva à euronews na qual realçou que todos os países da União Europeia devem aceitar a independência do país, declarada em 2008.

O atual chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell, é natural de Espanha, país que não reconhece a soberania deste território na região dos Balcãs Ocidentais, e Kurti aconselha-o a ter maior imparcialidade.

"Talvez o Sr. Borrell deva fazer uma nova reflexão sobre a totalidade dos problemas na região dos Balcãs Ocidentais para poder encontrar uma solução a nível europeu. Quem quer que seja que se recuse a ver a realidade, ou que apresente uma solução que não reconheça o Estado do Kosovo e a vontade do seu povo, vai estar a prejudicar-se a si próprio", disse o chefe de governo kosovar em entrevista a Jack Parrock.

Recusa de intercâmbio territorial

Depois de duas décadas na oposição, o líder do Partido da Autodeterminação, de esquerda nacionalista, quer resolver o diferendo com a vizinha Sérvia, que persiste desde a guerra na ex-Jugoslávia, federação da qual ambos os territórios fizeram parte. Mas Kurti recusa mexer nas fronteiras.

"O Kosovo não pode fazer parte de nenhum projeto de intercâmbio territorial. Todos esses projetos falharam no passado e também falharão no futuro, em particular porque agora estamos no poder e não admitimos que alguém o tente fazer. As soluções com base no controlo de território são uma receita para novos conflitos, não para a paz de que precisamos", explicou Albin Kurti.

A boa relação entre estes dois países é fundamental para o sucesso das candidaturas de ambos a Estados-membros da União Europeia, estando em curso diálogos com Bruxelas com vista à futura abertura oficial de negociações de adesão.

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