Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Comissão não foi tímida na "bazuca para a crise" na UE

Eurodeputada tira selfie com a presidente da Comissão Europeia
Eurodeputada tira selfie com a presidente da Comissão Europeia Direitos de autor  AP Photo/Olivier Matthys
Direitos de autor AP Photo/Olivier Matthys
De Isabel Marques da Silva & Jack Parrock
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

O hemiciclo tem um voto final sobre a proposta de orçamento da União Euorpiea para os próximos sete anos e deu sinais de satisfação com a proposta.

PUBLICIDADE

O fundo "Próxima Geração da União Europeia", mais volumoso e solidário do que o antecipado, foi o trunfo apresentado pela presidente do executivo comunitário aos eurodeputados sobre o plano para enfrentar a crise.

"Do total de 750 mil milhões de euros, 500 mil milhões serão distribuídos em subvenções e 250 mil milhões em empréstimos para os Estados-membros", anunciou Ursula von der Leyen, no Parlamento Europeu.

O hemiciclo tem um voto final sobre a proposta de orçamento da União Euorpiea para os próximos sete anos e deu sinais de satisfação com a proposta.

A co-presidente da bancada ecologista, Ska Keller, elogiou o pacote para enfrentar a recessão criada pela pandemia e ajudar a criar uma economia ambientalmente mais sustentável.

"Congratulamo-nos com a aposta nas subvenções para garantir que nenhum Estado-membro fique para trás nesta crise. O montante global poderá não ser suficiente, mas, em qualquer caso, temos de garantir é que não diminuímos as ambições", afirmou Ska Keller, eurodeputada alemã.

O fundo vai complementar o orçamento da União, num "bolo" total de 1,850 biliões de euros, perto dos dois biliões no qual insistiam os socialistas.

"Não é apenas uma questão de solidariedade, é uma questão de como poderemos sobreviver, tornar sustentável o mercado interno e garantir a própria existência do euro", explicou Iratxe Garcia, eurodeputada espanhola que lidera a bancada do centro-esquerda.

A "fria reação" que se espera vinda do norte

Vários chefes de governo europeus elogiaram a proposta, nomeadamente os chamados "amigos da coesão", tais como os líderes da França, Espanha, Itália, Grécia e Portugal.

Mas vão ter de enfrentar as reservas dos líderes da Áustria, Dinamarca, Países Baixos e Suécia, pouco amigos de verbas a fundo perdido, mas que podem fazer uma grande diferença, segundo alguns analistas.

"Isto poderá fazer maravilhas. Permitirá às empresas manter trabalhadores que de outra forma teriam que despedir, permitirá que o poder local continue a fazer infra-estruturas municipais quando receberem menos receitas fiscais. Vai manter a Europa em funcionamento. Vai ser ótimo. Mas alguns líderes poderão preocupar-se com aparências e sobre quanto cada um vai pagar. Nesse caso, poderemos entrar num longo período de impasse", afirmou Rebecca Christie, analista no Instituto Bruegel.

Ainda com receio de novos surtos da Covid-19, muitos países da União Europeia tentam retomar a atividade económica e os gastos com a resposta de emergência deixaram os cofres vazios. Cerca de 450 milhões de cidadãos esperam que as promessas se traduzam em factos.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

"Bazuca" contra a crise europeia travada na Alemanha

Orçamento da UE aprovado na cimeira de Bruxelas

Ciclista francês que fazia volta à Eurásia detido na Rússia