UE indecisa sobre como sancionar regime de Lukashenko

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Direitos de autor Evgeniy Maloletka/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Isabel Marques da Silva
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Numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, quinta-feira, em Berlim, houve acordo sobre a necessidade de dar resposta à repressão levada a cabo pelo presidente Alexander Lukashenko, mas talvez só em setembro se determine em concreto quais as sanções.

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Lituânia, Polónia e Eslováquia estão entre os Estados-membros da União Europeia mais ativos na defesa de sanções contra a Bielorrússia, imersa numa crise política desde as eleições de há três semanas.

Numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, quinta-feira, em Berlim, houve acordo sobre a necessidade de dar resposta à repressão levada a cabo pelo presidente Alexander Lukashenko, mas talvez só em setembro se determine em concreto quais as sanções.

"Devemos aplicar sanções e o seu âmbito deve ser substancial. Comparo este momento com o das eleições de 2010 e isso é o mínimo que podemos fazer", disse Linas Linkevicius, ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, em declarações aos jornalistas.

O governante da Lituânia, país vizinho que acolheu a principal rival de Lukashenko derrotada nas eleicoes, refere-se à violenta repressão aos protestos em massa depois das eleições de 2010. Na altura, bloco europeu impôs sanções contra 170 pessoas, incluindo Lukashenko, e três empresas.

Não se está a travar uma batalha geopolítica, mas uma luta levada a cabo pelas pessoas amantes da paz, pelo que temos que ajudá-las.
Ivan Korcok
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Eslováquia

As cautelas face ao receio de intervenção da Rússia, não podem ser paralisantes, segundo o ministro eslovaco, Ivan Korcok: "É importante dar resposta aos indivíduos do regime bielorrusso que estiveram envolvidos na violência contra os manifestantes e na fraude eleitoral. Gostaria de acrescentar que não se está a travar uma batalha geopolítica, mas uma luta levada a cabo pelas pessoas amantes da paz, pelo que temos que ajudá-las".

A reunião continua na sexta-feira, mas há poucas esperanças de que termine com uma decisão, sobretudo face as cautelas de países tais como a Alemanha e a França.

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