Mini-cimeira da UE debateu medidas contra terrorismo islâmico

A reforma do espaço Schengen de livre circulação e medidas contra o fundamentalismo islâmico veiculado nas mesquitas e na Internet poderão ajudar a travar ataques terroristas como os cometidos, recentemente, em França e na Áustria.
As propostas sairam da mini-cimeira, terça-feira, com os líderes da Franca, da Áustria e da Alemanha e com os presidentes da Comissão e do Conselho europeus.
"Cada falha de segurança na fronteira externa da União Europeia, ou nas fronteiras entre Estados-membros, é um risco para a segurança de todos os Estados-membros. Devemos focar-nos em implementar novas medidas nessa área, bem como ao nível dos serviços de informações secretas e do sistema judicial. Falaremos disto na cimeira da União, em dezembro", disse Emmanuel Macron, presidente da França, aos jornalistas.
Dialogar com os religiosos
O Conselho Europeu propôs criar uma estratégia para evitar que entidades fundamentalistas continuem a financiar organizações religiosas. O seu presidente, Charles Michel, quer criar um novo instituto para melhorar o dialogo com os clérigos muçulmanos.
"Como e que podemos melhorar a formação dos imãs que pregam a Europa? Como e que podemos garantir - sem pôr em causa na Europa liberdades tão importantes como são a liberdade de consciência e a liberdade religiosa - que continuarão a ser firmemente respeitados os valores fundamentais da Europa?", questionou Charles Michel, na conferência de imprensa.
O reitor da Grande Mesquita de Bruxelas, Salah Echallaoui, apoia esse diálogo, mas alerta para a diversidade de fatores que contribuem para a radicalização de pessoas que se juntam a grupos terroristas.
"Se reduzirmos a luta contra o fundamentalismo apenas à melhor formação dos imãs e ao controlo do proselitismo penso que vamos perder a luta contra o fundamentalismo. Todos os especialistas afirmam que o fundamentalismo tem muitas raízes e diferentes causas. Para o combater devemos trabalhar em todas essas domínios", disse Salah Echallaoui, em entrevista a euronews.