Bélgica analisa caso de alegados cúmplices de terroristas

Bélgica analisa caso de alegados cúmplices de terroristas
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De  Isabel Marques da SilvaAissa Boukanoun
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O Ministério Público Federal pede que 12 dos 20 arguidos sejam julgados por um tribunal criminal por colaboração ativa com grupo terrorista e outras medidas para os restantes, consoante o ato do qual são acusados.

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A justiça belga começou a examinar, terca-feira, o processo denominado Paris Bis. Trata-se da fase de instrução do caso que envolve 20 alegados cúmplices dos autores dos atentados terroristas em Paris, em 2015, que causaram 130 mortos na sala de espetáculos Bataclan.

Os arguidos são acusados de terem feito parte de uma célula terrorista franco-belga e de darem apoio logístico a partir da Bélgica. Alguns terão feito telefonemas, outros dado alojamento ou boleias a alguns dos autores materiais.

"Levar um amigo ao aeroporto Charles de Gaulle não é uma atividade ilegal. Mas quando o fez tinha conhecimento, tinha consciência do propósito de quem estava a levar ao aeroporto? É este elemento que deve ser apreciado pelo magistrado que preside à sessão agora e mais tarde quando chegarmos ao momento de proferir a sentença", disse Michel Bouchat, magistrado do Ministério Público Federal da Bélgica.

O Ministério Público Federal pede que 12 dos 20 arguidos sejam julgados por um tribunal criminal por colaboração ativa com grupo terrorista e outras medidas para os restantes, consoante o ato do qual são acusados.

Do lado da defesa argumenta-se que não há sequer informação clara sobre a alegada intervenção de alguns dos arguidos.

"Na minha opinião, a acusação não é suficientemente clara. Quero saber exatamente do que é que o meu cliente está a ser acusado", disse o advogado de defesa Edouard Huysmans.

A decisão sobre esta fase será tomada a 24 de fevereiro. Os acusados são pessoas próximas de Salah Abdeslam, um terrorista que desistiu de se fazer explodir nos ataques de Bruxelas, em 2016, estando a aguardar fim do julgamento com outros nove arguidos.

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