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UE quer ter maior protagonismo no Ártico

UE quer ter maior protagonismo no Ártico
Direitos de autor  HANDOUT/AFP
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De Isabel Marques da Silva & Gregoire Lory
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O Parlamento Europeu levou a cabo um debate com especialistas, terça-feira, para analisar como gerir os efeitos do degelo.

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Os enormes desafios ambientais, económicos e geopolíticos que se aceleram na região do Ártico exigem que União Europeia desenvolva uma política mais proativa.

Os três principais pilares são o combate as alterações climáticas, o desenvolvimento sustentável e a cooperação, mas a União Europeia também vai concentrar-se muito na nova dimensão da segurança e defesa.

O governo russo reforçou a sua presença militar na região e o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu, David McAllister, quer maior protagonismo da União Europeia.

"Uma das questões a definir é como é que a União Europeia e a NATO poderão cooperar mais estreitamente. Todos sabemos o que está em jogo, mas uma coisa é extremamente importante - em particular nestes tempos de rivalidade geopolítica - que é tentar manter que o Ártico seja um lugar onde as potencias geopolíticas cooperam para benefício das pessoas, do meio ambiente e, no final das contas, do mundo inteiro", explicou o eurodeputado alemão de centro-direita, em entrevista à euronews.

O Parlamento Europeu levou a cabo um debate com especialistas, terça-feira, para analisar como gerir os efeitos do degelo, tais como acesso aos hidrocarbonetos, novas rotas marítimas e solos valiosos, que estão na mira de governos e do setor privado.

China entra na corrida com muito empenho

A China já investe de forma massiva ao nível financeiro e diplomático, com uma embaixada de grande relevo na Islândia.

"Se a União Europeia deseja, de alguma forma, ter um maior protagonismo nesta região, deve agora evitar ser associada à China, que é vista como uma entidade muito agressiva, embora sem soberania sobre o Ártico. Portanto, a maneira da China forçar a sua presença na região complicou as coisas para a União Europeia", disse Jon Rahbek-Clemmensen, professor Associado no Royal Danish Defense College, em entrevista à euronews.

Entre os 27 Estados-membros da União Europeia há três com soberania na região: Finlândia, Suécia e Dinamarca.

Os outros estados implicados no Conselho do Ártico são Noruega, Islândia, Rússia, Canadá e EUA, o que exige forte coordenação europeia perante esses países poderosos.

Penso que se a União Europeia acredita que pode ter o mesmo estatuto geopolítico que os EUA ou a Rússia, então enfrentará obstáculos bastante difíceis.
Jon Rahbek-Clemmensen
Professor Associado, Royal Danish Defense College

"No que se refere às chamadas questões políticas de base, tais como as preocupações ambientais e o desenvolvimento económico, penso que há espaço para a União Europeia desempenhar um papel muito construtivo, se for capaz de identificar as áreas onde pode efetivamente atuar. As alterações climáticas são um claro exemplo. Mas penso que se a União Europeia acredita que pode ter o mesmo estatuto geopolítico que os EUA ou a Rússia, então enfrentará obstáculos bastante difíceis", realçou Jon Rahbek-Clemmensen.

Há ainda outros países a fazerem esforços para obter influência na região, tais como Reino Unido, Japão, Singapura e Coreia do Sul.

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