Diplomacia europeia procura lugar no Médio Oriente

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Diplomacia europeia procura lugar no Médio Oriente. À exceção da inicaitiva francesa para envolver o presidente egípcio como mediador, a UE conitnua à procura de oportunidades para ganhar relevância na região.

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O conflito entre Israel e os Palestinianos entrou numa nova fase com o Hamas e os ultranacionalistas em Tel Aviv e Jerusalém a comandarem ações militares.

O conflito inscreve-se nos jogos de poder regionais que duram há anos no Médio Oriente.

Tudo isto representa um desafio considerável para a diplomacia europeia que procura um papel de relevância na região.

Para Israel contudo não é tempo de falar mas sim de lidar com a ofensiva do Hamas.

"A nossa intenção é muito clara. A nossa intenção é colocar um ponto final nos ataques terroristas a partir de Gaza levados a cabo pelo Hamas, o Irão e outras organizações terroristas na região, contra alvos israelitas civis nas cidades e localidades", afirma Walid Abu Haya, vice chefe da Missão de Israel Junto da UE e NATO.

A nova administração norte-americana mudou a retórica em comparação com a anterior administração Trump. No terreno contudo nada mudou. Washington continua a defender os interesses israelitas.

A União Europeia está isolada e dividida num altura em que, segundo Washington e Israel, o Irão estaria a estender a sua influência na região aumentando a presença militar na fronteira com Israel.
A Turquia, por seu lado, está claramente do lado palestiniano.

"Erdogan não perdeu o sonho de se tornar no líder de um novo tipo de império otomano, ele mostrou isso em outros conflitos, ele está na Líbia, no Nagorno Karabakh e outros lugares. Infelizmente, o que guia Erdogan não é a solução para a situação atual, mas sim os seus próprios interesses ligados à liderança da situação no Médio Oriente", adianta Evin Icir, eurodeputada sueca do grupo parlamentar dos Socialistas & Democratas.

A diplomacia europeia está paralisada à exceção da tentativa francesa de apresentar o presidente egípcio Al Sissi como um mediador de confiança.

Há 30 anos que a União Europeia joga as cartas dos investimentos e do auxílio económico em troca de ganhos políticos que nunca obteve, mesmo apesar dos laços fortes mantidos com Israel.

Martin Konecny, da ONG EuMEP (Projeto Médio Oriente) afirma que a UE não traduziu a parceria económica em ganhos políticos.

"A parte comercial da UE é a maior porque se trata do maior parceiro comercial para Israel e também no que toca a outras formas de cooperação como a cooperação científica, a UE é o parceiro bilateral mais significativo do lado económico. No que toca à política são os EUA, em parte porque a UE não foi capaz de traduzir a relação económica em vantagem política", afirma o especialista.

No quadro financeiro multianual entre 2017 e 2020, a Palestina recebeu 1,28 mil milhões de euros para financiar projetos de estado de direito, segurança dos cidadãos e direitos humanos, para além de investimentos em infraestruturas.

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