Plataforma de diálogo político junta Estados-membros da UE e 17 países do continente europeu
O Castelo de Praga encheu-se, esta quinta-feira, de líderes políticos para participar na primeira reunião da recém-criada Comunidade Política Europeia.
A plataforma reúne Estados-membros da União Europeia (UE), países candidatos à UE, membros da NATO e outros para discutir o futuro do continente, com enfoque na segurança.
"Penso que é muito importante trocarmos pontos de vista tendo em conta a agressão russa e a situação da segurança, bem como as preocupações que todos temos em relação às normas da ordem mundial", sublinhou, em entrevista à Euronews, a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas.
Bielorrússia e a Rússia estiveramausentes, mas sempre presentes porque a guerra na Ucrânia dominou a reunião, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy a dizer - por videoconferência - que "é preciso vencer a guerra para evitar que os tanques cheguem a Praga."
A energia foi outro tema em destaque. Os presentes tiveram oportunidade de ouvir o principal fornecedor europeu de energia, que prometeu trabalhar para estabilizar os mercados.
"Penso que o importante é, por exemplo, ter ouvido o primeiro-ministro norueguês dizer que a Noruega vai realmente usar o máximo das capacidades para poder ajudar os países europeus. Penso que isso é bom", ressalvou o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel.
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, também esteve presente na reunião, relançando pontes antigas.
Insistiu que esta não é uma alternativa à UE, mas antes uma oportunidade para debater assuntos de interesse comum.
Em cima da mesa também estiveram temas polémicos. A Sérvia, por exemplo, foi convidada a alinhar-se com a Europa nas sanções contra a Rússia.
Já o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, foi incentivado a facilitar a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO.
A jornada de estreia da Comunidade Política Europeia foi marcada por uma sessão plenária, por mesas redondas e encontros bilaterais.
O principal objetivo, é, precisamente, promover o diálogo político.