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Eurodeputada critica espionagem ilegal e táticas mafiosas

No caso da Grécia, o escândalo abrange dezenas de figuras públicas, alegadamente espiadas pelos serviços de informação do país
No caso da Grécia, o escândalo abrange dezenas de figuras públicas, alegadamente espiadas pelos serviços de informação do país Direitos de autor  Mariscal/AP
Direitos de autor Mariscal/AP
De Efi Koutsokosta & Isabel Marques da Silva
Publicado a
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Sophie Int' Veld é a relatora da comissão espcial sobre o uso de programas informáticos, tais como Pegasus e o Predator, pelos seviços de informação oficiais de vários governos.

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Os governos da Grécia, Espanha, Hungria, Chipre e Polónia estão sob escrutínio numa comissão especial do Parlamento Europeu.

Os eurodeputados investigam a alegada espionagem usando o programa informático Pegasus para controlar a atividade de políticos, jornalistas e empresários.

O relatório preliminar da eurodeputada liberal neerlandesa Sophie Int' Veld acusa estes governos de usarem táticas mafiosas e a Comissão e Conselho europeus de serem demasiado brandos com os alegados infratores.

"Numa democracia, colocar as pessoas sob vigilância deve ser uma exceção e deve haver regras. E não deveria ser possível abusar dela para fins políticos, partidários ou para se agarrar ao poder, manipulando eleições ou para encobrir a corrupção. Logo, estou zangada com os Estados-membros? Sim", disse Sophie Int' Veld, terça-feira, numa conferência de imprensa, no Parlamento Europeu.

No caso da Grécia, o escândalo abrange dezenas de figuras públicas, alegadamente espiadas pelos serviços de informação do país usando outro programa informático, denominado Predator. O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, nega ter tido conhecimento.

Um jornalista de investigação que foi alvo desta espionagem, Thanasis Koukakis, disse à euronews que o caso não pode ficar impune: "Acreditamos, efetivamente, que, mais cedo ou mais tarde, a justiça grega estará em condições de usar provas documentais para oficialmente acusar aqueles que usaram a vigilância e a intrusão na vida pessoal e profissional das pessoas como se fosse apenas um jogo".

O governo da Hungria é também suspeito de usar o mesmo método contra opositores.

Outro dos casos mais polémicos envolve a espionagem do líderes independentistas da província espanhola da Catalunha.

O relatório final desta comissão parlamentar especial será apresentado quando estiverem concluídas as emendas propostas pelos vários grupos políticos.

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