"Estado da União": UE fecha dossiês e lida com escândalo

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De  Stefan Grobe  & Isabel Marques da Silva
Alguns dos chefes de Estado e de Governo com o presidente do Conselho Europeu (à direita)
Alguns dos chefes de Estado e de Governo com o presidente do Conselho Europeu (à direita)   -  Direitos de autor  Olivier Matthys/Copyright 2022 The AP. All rights reserved

 A última cimeira da União Europeia (UE) de 2022, em Bruxelas, decorreu a 15 de dezembro e conseguiu fechar importantes dossiês: 

  • Realizou-se a cimeira com as nações do sudeste asiático
  • A Bósnia-Herzegovina viu aprovado o pedido para ter estatuto de país candidato a membro da UE
  • Foram aprovados 18 mil milhões de euros de ajuda para a Ucrânia depois de a Hungria ter desistido do veto
  • Representantes do "povo corajoso da Ucrânia" receberam o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento do Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu esteve bastante nas manchetes, esta semana, já que teve de lidar com um escândalo de corrupção. Tudo começou quando se soube que eurodeputados e funcionários tinham sido, alegadamente, subornados por um Estado do Golfo Pérsico, aparentemente o Qatar, para influenciar as decisões políticas a favor daquele país.

Uma suspeita é Eva Kaili, da Grécia, uma das 14 vice-presidentes do parlamento e considerada uma estrela em ascensão entre os seus colegas socialistas.

Mas voltando ao tema da Ucrânia e do sofrimento do seu povo, após dez meses de guerra e pela primeira vez, o Comité Internacional de Salvamento colocou o país na sua lista anual de monitorização de emergências. A Ucrânia está entre os dez piores países em crise, no mundo.

Stefan Grobe entrevistou Harlem Désir, vice-presidente para a Europa do Comité Internacional de Salvamento, que explicou qual é o ponto da situação global.

"Vemos um risco de deterioração para o próximo ano. Isto deve-se a uma combinação de conflitos armados, alterações climáticas e também turbulência económica, que foi agravada pelas consequências da crise da Covid-19, mas também da guerra na Ucrânia, com o aumento dos preços dos alimentos, dos preços da energia. Nos locais onde já havia crises prolongadas, estão agora a chegar ao extremo", referiu Harlem Désir.

(Veja a entrevista na íntegra no vídeo)