A ideia de redistribuição dos migrantes e requerentes de asilo por outros Estados-membros continua a não sair do papel.
Migração e fundos europeus foram os principais temas na reunião da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, segunda-feira, em Roma.
Para a líder italiana é fundamental que haja avanços na implementação do Pacto de Migração e Asilo, sendo Itália uma das principais portas de entrada na União Europeia para quem busca trabalho ou refúgio.
A ideia de redistribuição dos migrantes e requerentes de asilo por outros Estados-membros continua a não sair do papel.
Mas Itália não vai baixar os braços, diz a correspondente da euronews em Roma, Giorgia Orlandi: "A Itália quer desempenhar um papel mais ativo na Europa quando se trata de migração, para inverter o histórico de insucessos de anteriores governos. Por outras palavras, a Itália quer ficar na História como o país que conseguiu mudar a situação de uma vez por todas".
Quanto aos fundos europeus, a primeira-ministra quer afinar o Plano de Recuperação e Resiliência fechado pelo antecessor, Mario Draghi. O governo de Roma vai receber o maior envelope de dinheiro entre todos os Estados-membros: 191 mil milhões de euros.
"O governo italiano apresentou uma proposta de revisão da gestão do plano, isto é, sobre a forma como as verbas devem ser administradas pelo executivo em Roma. Tal requer autorização da Comissão Europeia, pelo que esse pedido foi amplamente discutido entre a primeira-ministra e a presidente da Comissão", explica Girogia Orlandi.
Ursula von der Leyen aproveitou a visita à capital italiana para prestar homenagem ao anterior presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, que morreu há um ano, quando ainda estava em funções.