O grupo nacionalista "Patriotas pela Europa", de Viktor Orbán, foi oficialmente criado hoje no Parlamento Europeu, com 84 deputados, o que o torna o terceiro maior grupo do hemiciclo.
A recém-formada aliança de extrema-direita, lançada na semana passada, sucedeu ao anterior grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu, Identidade e Democracia (ID), que entretanto se dissolveu.
Os "Patriotas pela Europa" expandiram-se rapidamente com muitos partidos a anunciarem na semana passada que iriam aderir ao projeto, culminando esta manhã com adições significativas com o Rassemblement National (RN) de França e a Liga de Itália - dois importantes partidos da ID que ainda não tinham aderido ao grupo.
Enquanto a Liga era dominante na ID no mandato anterior, a maior delegação dos Patriotas será o RN de Marine Le Pen, com trinta eurodeputados. Seguem-se o Fidesz de Orbán, com dez deputados, a Liga de Matteo Salvini, com oito, e a ANO de Andrej Babiš, com sete.
Outras delegações nacionais incluem o Partido da Liberdade austríaco (FPÖ), o partido de extrema-direita espanhol Vox e o nacionalista holandês PVV, cada um com seis deputados. O grupo inclui ainda três deputados do Vlaams Belang (Bélgica), dois do Chega (Portugal) e um do Partido Popular Dinamarquês (Dinamarca), num total de 84 eurodeputados.
O líder do RN, Jordan Bardella, foi nomeado presidente do grupo. "Os Patriotas pela Europa representam a esperança para as dezenas de milhões de cidadãos das nações europeias que valorizam a sua identidade, a sua soberania e a sua liberdade", afirmou Bardella numa nota divulgada após a sua eleição.
A primeira vice-presidência foi atribuída à húngara Kinga Gál, enquanto os outros vice-presidentes são Roberto Vannacci (Liga), Klára Dostálová (ANO), Sebastiaan Stöteler (PVV), António Tânger Corrêa (Chega), Hermann Tertsch (VOX) e Harald Vilimsky (FPÖ)
Embora o grupo "Patriotas pela Europa" seja apenas ligeiramente maior do que o ID, que tinha 73 eurodeputados quando foi formado em 2019, a sua presença no Parlamento é mais pronunciada devido à redução do número total de eurodeputados de 751 para 720.
Com 84 deputados, os Patriotas ultrapassaram os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que tem 78 deputados, e o liberal Renovar a Europa, com 76 deputados, alcançando o objetivo inicial de Orbán de se tornar a terceira força no Parlamento Europeu.