Bulgária vai realizar a sétima votação antecipada em pouco mais de três anos

PUBLICIDADE

O partido "Há um povo assim" (ITN) devolveu o terceiro mandato de formação de governo ao presidente Rumen Radev, que não foi cumprido. Desta forma, a Bulgária terá a sua sétima votação antecipada em pouco mais de três anos.

"Descobrimos que não temos diferenças particulares com os outros partidos e que poderíamos trabalhar juntos, mas a sabedoria política de um partido não era suficiente", esclareceu o presidente do grupo parlamentar ITN, Toshko Yordanov, citado pela AP.

Rumen Radev agradeceu ao ITN por ter tentado cumprir o mandato e afirmou que a realização de novas eleições antecipadas, que possivelmente acontecerão no mês de outubro, coloca em causa a eficácia e o funcionamento do Estado através do parlamento.

"A espiral eleitoral continua a grassar e não só causa irritação, como também desbloqueia uma série de processos destrutivos, o bloqueio de várias instituições e a alienação dos cidadãos. A solução para a crise está nas mãos dos partidos políticos e estes devem aceitar que a base para a criação de uma coligação bem sucedida não está depois das eleições, mas antes delas", disse Rumen Radev, citado pela AP.

O presidente búlgaro apelou aos partidos para que atuem de forma justa nas próximas semanas e referiu que convidaria, esta segunda-feira, o presidente do parlamento turco, Raya Nazaryan, para discutir a escolha do futuro primeiro-ministro interino.

Após consulta dos grupos parlamentares, o presidente deverá nomear um governo provisório com base na proposta do candidato a primeiro-ministro provisório e marcar novas eleições no prazo de dois meses. O governo provisório vai suceder ao atual, que foi nomeado em abril de 2024.

O ITN convidou todos os grupos parlamentares e deputados independentes para conversações, após ter recebido o mandato de Radev, a 29 de julho. Nem todos os grupos aceitaram o convite, tendo alguns deixado claro que não votariam num governo nomeado com o terceiro mandato.