O líder bielorrusso acusou o Ocidente de inflacionar os factos para pressionar a UE e a NATO e apelou a negociações incondicionais.
Na sequência das notícias sobre a presença de tropas norte-coreanas na Rússia, o líder da Bielorrússia disse que ninguém viu soldados de Pyongyang na linha da frente com a Ucrânia, acusando o Ocidente de “inflacionar o facto”, o que pode levar a uma escalada do conflito.
“Estão a inflacionar o facto para quê? Para finalmente pressionar a União Europeia e introduzir tropas da NATO”, disse Alexander Lukashenko na Conferência Internacional de Minsk sobre Segurança Euro-Asiática.
Todos os lados do conflito devem “sentar-se à mesa das negociações sem quaisquer condições prévias”, acrescentou.
A Bielorrússia tem sido um firme apoiante da Rússia desde que Lukashenko, apelidado de “o último ditador da Europa”, chegou ao poder há três décadas. O seu regime foi alvo de sanções ocidentais devido à reação do presidente da Bielorrússia às eleições de 2020 e à repressão violenta da oposição.
A aliança política e militar de Lukashenko com o Kremlin permitiu ao presidente russo, Vladimir Putin, colocar tropas e mísseis no país vizinho, utilizando-o como zona de preparação para a guerra de Moscovo na Ucrânia.
Lavrov apelida de “estúpida” a fórmula de paz de Zelenskyy
O ninistro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, anunciou que Moscovo tenciona assinar um tratado de “parceria estratégica global” com o Irão num futuro próximo.
“O tratado confirmará o desejo das partes de uma cooperação mais estreita no domínio da defesa e de uma interação no interesse da paz e da segurança a nível regional e mundial”, afirmou Lavrov.
E classificou a fórmula de paz do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy como um “beco sem saída” e “estúpida” e descreveu o seu plano de vitória como “esquizofrénico”.
“A estabilidade nesta parte do continente euro-asiático só será alcançada se forem dadas garantias fiáveis a longo prazo no domínio da segurança”, afirmou Lavrov.
Moscovo não forneceu quaisquer provas para apoiar as suas afirmações sobre as intenções da NATO ou do Ocidente de agir agressivamente contra a Rússia ou as suas tropas, uma das principais razões alegadas pelo Kremlin para a sua invasão da Ucrânia no início de 2022.