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Geórgia: líder da oposição detido e protestos contra o governo pela sexta noite consecutiva

Manifestantes participam numa manifestação de protesto contra decisão do governo de suspender as negociações de adesão à União Europeia em Tiblíssi.
Manifestantes participam numa manifestação de protesto contra decisão do governo de suspender as negociações de adesão à União Europeia em Tiblíssi. Direitos de autor  Zurab Tsertsvadze/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Zurab Tsertsvadze/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De João Azevedo
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Partido da oposição Coligação para a Mudança publicou um vídeo na rede social X em que se vê um dos seus líderes, Nika Gvaramia, a ser levado pela polícia. Forças de segurança fizeram buscas em escritórios de vários partidos da oposição e em casas de ativistas.

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Pela sexta noite consecutiva, houve protestos antigoverno nas ruas de Tiblíssi, na Geórgia. A polícia disparou canhões de água e gás lacrimogéneo contra os manifestantes que, ainda assim, não dão sinais de recuo.

Esta quarta-feira, o partido da oposição Coligação para a Mudança afirmou que um dos seus líderes, Nika Gvaramia, tinha sido detido. Num vídeo publicado pelo partido na rede social X, vê-se Gvaramia a ser arrastado por vários elementos da polícia.

Segundo o Civil Georgia, Gela Khasaia, outro membro do partido Coligação para a Mudança, também foi levada pelas forças de segurança.

A polícia da Geórgia fez buscas a escritórios de vários partidos da oposição e às casas de ativistas, o que provocou protestos nas principais cidades. Além de Tiblíssi, a população saiu à rua em Batumi, Kutaisi e Zugdidi.

Foram também detidos vários membros da Juventude do Movimento Nacional Unido, outro partido da posição, mas ainda não são conhecidas as acusações que levaram à detenção, avança o Civil Georgia.

O primeiro-ministro Irakli Kobakhidze, do partido Sonho Georgiano, afirma que as buscas tiveram como alvo aqueles que encorajaram a violência durante os protestos, numa tentativa de derrubar o seu governo. “Não chamaria a isto repressão; é mais uma medida preventiva do que repressão”, frisou.

Mais de 300 manifestantes foram detidos desde que os protestos começaram na última quinta-feira, e grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que muitos foram espancados durante a detenção.

A oposição exige novas eleições após a votação de 26 de outubro, a qual considera ter sido manipulada com a ajuda da Rússia, a fim de manter a Geórgia na órbita de Moscovo.

Os observadores eleitorais europeus salientaram que o sufrágio decorreu num clima de divisão marcado por casos de suborno, voto duplo e violência física, com a União Europeia e os Estados Unido a terem já pedido uma investigação às irregularidades relatadas.

O ato eleitoral que levou o Sonho Georgiano a um quarto mandato consecutivo foi igualmente criticado pela presidente do país. Devido às buscas feitas pela polícia, Salome Zourabichvili convidou o chefe do Serviço Especial de Investigação, Koka Katsitadze, para uma reunião, reporta o Civil Georgia. Trata-se da instituição responsável pela investigação da violência perpetrada pelas forças da ordem, sublinhou a chefe de Estado.

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