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Le Pen saúda encontro “positivo” com o novo primeiro-ministro François Bayrou

Jordan Bardella e Marine Le Pen
Jordan Bardella e Marine Le Pen Direitos de autor  Thomas Padilla/AP
Direitos de autor Thomas Padilla/AP
De Kieran Guilbert
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O primeiro-ministro francês François Bayrou tem vindo a reunir-se com a maioria dos partidos políticos, incluindo o Rassemblement National de Marine Le Pen, após a destituição de Michel Barnier.

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A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, mostrou-se otimista após o encontro com o novo primeiro-ministro do país, François Bayrou, descrevendo a sua abordagem como “mais positiva” do que a do seu antecessor, Michel Barnier.

Bayrou tem vindo a reunir-se, esta semana, com os líderes dos grupos parlamentares franceses. Le Pen e Jordan Bardella, do Rassemblement National (RN), foram os primeiros a manter conversações com o primeiro-ministro.

A nomeação do líder centrista na sexta-feira, pelo presidente Emmanuel Macron, significa que Bayrou é o quarto primeiro-ministro francês este ano.

A primeira tarefa de Bayrou é chegar a um consenso num parlamento fraturado e apresentar um orçamento para a segurança social para 2025, depois de Barnier não o ter feito, o que levou à sua demissão.

Barnier foi derrubado no início do mês numa moção de censura apoiada pela extrema-direita e pela esquerda, depois de ter tentado forçar a aprovação do seu orçamento sem uma votação parlamentar. Este facto fez dele o primeiro-ministro francês com o mandato mais curto da história, tendo durado apenas 91 dias.

Le Pen foi uma das principais arquitetas da queda de Barnier, tendo criticado repetidamente o orçamento para a segurança social de 2025 apresentado pelo seu gabinete e recusado dar-lhe o apoio do RN - apesar das concessões feitas à última hora pelo antigo primeiro-ministro.

Após a reunião do RN com Bayrou, Le Pen afirmou que o primeiro-ministro a tinha “escutado”.

“Por uma questão de princípio, ele (Bayrou) gostaria de ter encontros regulares com os partidos políticos”, informou Le Pen, em declarações aos media franceses. “Penso que esse método é mais positivo”.

“Talvez seja um pouco cedo para dizer se fomos ouvidos, mas fomos escutados”, acrescentou.

Bayrou planeia reunir-se com todos os partidos, por ordem decrescente de dimensão, exceto com a esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon, França Insubmissa (LFI), que recusou conversações.

Como a aliança centrista de Macron não tem maioria no parlamento, Bayrou terá de contar com legisladores moderados, tanto da esquerda como da direita, para se manter no poder - e apaziguar Le Pen, dado que o RN é o maior partido parlamentar de França, com 124 dos 577 lugares.

Apesar de o RN ter criticado a nomeação de Bayrou, Bardella e Le Pen afirmaram que estão dispostos a dar-lhe uma oportunidade e que não bloqueariam o seu governo sem analisar as suas propostas.

“Vamos ver como corre”, afirmou Le Pen aos media franceses. “O primeiro-ministro disse-nos que queria que todos os membros do parlamento fossem tratados de forma totalmente igual, que cada grupo político fosse ouvido, respeitado, o que é evidentemente uma fonte de satisfação para nós”.

Bayrou, três vezes candidato às presidenciais, afirmou na semana passada que enfrenta uma batalha do tamanho dos “Himalaias” para resolver o problema do défice francês. O país enfrenta pressões do órgão executivo da UE e dos mercados financeiros para fazer face à sua enorme dívida, estimada em 6% do PIB este ano.

O projeto de orçamento da segurança social de Barnier, que visava aumentar os impostos e reduzir as despesas num total de 60 mil milhões de euros, foi rejeitado pela extrema-direita e pela esquerda.

A prioridade de Bayrou será a aprovação de uma legislação de emergência para a prorrogação do orçamento de 2024 e, em seguida, o início das negociações para o orçamento do próximo ano, que provavelmente não ocorrerá antes de janeiro.

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