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K. Welle: "A solução temporária para a Ucrânia pode assemelhar-se à Alemanha Oriental e Ocidental"

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De Shona Murray
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O antigo diretor-geral do Parlamento Europeu, Klaus Welle, considera que um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia é a solução mais provável a curto prazo para a guerra na Ucrânia.

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Klaus Welle teceu estes comentários durante uma conversa no Fórum Europeu de Ideias 2024 do Centro Martens, moderada pela Euronews, onde também discutiu o futuro da Europa, incluindo as relações entre os EUA e a UE, a migração, a justiça social e a desinformação.

Em relação à guerra na Ucrânia, explicou que o futuro do território atualmente ocupado pela Rússia seria, de facto, congelado por enquanto. "O cenário mais provável é que seja acordada uma espécie de cessar-fogo", afirmou.

"A Ucrânia não vai concordar em ceder território, mas terá de aceitar que, durante um período de tempo desconhecido, este território esteja sob controlo estrangeiro, sob controlo russo, o que, de certa forma, é semelhante à situação da Alemanha Ocidental e da Alemanha Oriental", afirmou Welle.

"A Alemanha Ocidental era livre, a Alemanha Ocidental era democrática, mas o Leste estava ocupado pela União Soviética", explicou o político alemão. "Mas nunca perdemos a esperança, a visão e o desejo de ver o país reunificado. Tivemos de esperar 40 anos, até 1989".

Welle, que é presidente do Conselho Académico do Centro Martens, também deixou claro que o território ainda sob o controlo de Kiev teria de ser fortemente protegido com fortes garantias de segurança. 

A Ucrânia apela à NATO para que convide Kiev a aderir à NATO, concedendo a proteção prevista no artigo 5.º às zonas ainda sob controlo ucraniano. 

Welle explicou que, durante o período da divisão, a Alemanha Ocidental estava segura: "tínhamos tropas americanas, tropas britânicas, tropas francesas". E acrescentou: "Pessoalmente, não acredito que o país possa estar seguro sem o apoio de tropas estrangeiras no seu próprio território. E creio que o mais provável é que sejam tropas europeias". 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o Presidente polaco, Donald Tusk, começaram a considerar a ideia de enviar forças de manutenção da paz europeias para a Ucrânia, na sequência de um eventual acordo de paz. 

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, deixou claro que a Europa terá de fazer um trabalho muito mais árduo no que respeita à segurança europeia. Os Estados europeus não esperam que Trump sancione a presença de tropas americanas na Ucrânia como parte de um futuro acordo. 

"Os americanos estão a concentrar-se cada vez mais na China. E creio que também esperam, com alguma justificação, que os europeus assumam mais responsabilidade pela segurança no seu próprio continente. E creio que é isso que temos de fazer", disse ao Euronews Europe Conversation. 

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