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Papa Francisco morre aos 88 anos: o que acontece agora?

Adeptos seguram uma faixa com uma fotografia do Papa Francisco e as cores do clube de futebol San Lorenzo de Almagro, em Buenos Aires, 31 de março de 2013
Adeptos seguram uma faixa com uma fotografia do Papa Francisco e as cores do clube de futebol San Lorenzo de Almagro, em Buenos Aires, 31 de março de 2013 Direitos de autor  AP Photo
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De Euronews
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"O Papa Francisco faleceu na segunda-feira de Páscoa, 21 de abril de 2025, aos 88 anos de idade, na sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano", afirmou o Vaticano num comunicado publicado na rede social X.

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Com a morte do Papa, dá-se início a um dos rituais mais solenes e meticulosamente coreografados da Igreja Católica.

O primeiro a ser informado é o camerlengo, o cardeal que serve como administrador interino do Vaticano durante o interregno. Tem o dever verificar oficialmente a morte do Papa.

Segundo a tradição, o camerlengo aproxima-se do corpo do Papa e chama três vezes o seu nome de batismo. Se não houver resposta, o Papa é formalmente declarado morto.

É emitida uma certidão de óbito e os aposentos papais são selados.

Historicamente, este ritual foi concebido para evitar o roubo por parte de cardeais oportunistas. Atualmente, serve para salvaguardar a autenticidade do testamento e das últimas instruções do Papa.

Fiéis assistem à missa de Páscoa presidida na Praça de São Pedro, no Vaticano, 20 de abril de 2025.
Fiéis assistem à missa de Páscoa presidida na Praça de São Pedro, no Vaticano, 20 de abril de 2025. AP Photo

O ato simbólico seguinte é a destruição do anel do pescador, um anel de ouro usado pelo Papa e beijado pelos católicos em sinal de reverência. O camerlengo retira-o e parte-o em dois perante um grupo de cardeais. Este ato não só evita eventuais falsificações de documentos, como também assinala o fim do reinado do Papa.

A notícia da morte é então comunicada através dos canais oficiais.

Em primeiro lugar, é informado o vigário geral de Roma, seguido do decano do Colégio Cardinalício, que notifica os outros cardeais. De seguida, os diplomatas do Vaticano - os núncios apostólicos - são encarregues de informar as embaixadas estrangeiras e missões em todo o mundo.

O Papa deve ser enterrado entre o quarto e o sexto dia após a morte. Segue-se um período de luto de nove dias, conhecido como novemdiales. Grande parte dos procedimentos fúnebres e de luto são normalmente planeados pelo próprio Papa, com instruções pormenorizadas deixadas para o camerlengo executar.

Quinze dias após o falecimento do Papa, tem início o conclave papal.

Trata-se de uma assembleia à porta fechada em que o Colégio dos Cardeais elege o próximo líder da Igreja Católica. A palavra conclave, do latim cum clave ("com uma chave"), refere-se ao secretismo e ao isolamento impostos aos participantes.

Para evitar interferências externas, todos os cardeais elegíveis, os que têm menos de 80 anos e não estão excomungados, são fechados na Capela Sistina. No primeiro dia, celebram uma missa e depois dirigem-se para a capela onde juram seguir as regras da eleição.

A votação prossegue diariamente até que um candidato obtenha uma maioria de dois terços.

Depois de cada ronda, os boletins de voto são queimados. O fumo negro assinala uma votação inconclusiva, o fumo branco anuncia ao mundo que foi escolhido um novo Papa.

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