Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram um "memorando de intenções" na quinta-feira para lançar as bases para a assinatura de um acordo de exploração de minerais.
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Os Estados Unidos não vão impedir as obrigações da Ucrânia relacionadas com o seu processo de adesão à União Europeia no próximo acordo sobre minerais entre os EUA e a Ucrânia, de acordo com um "Memorando de Intenções" visto pela Euronews.
De acordo com o documento de uma página, assinado pela primeira vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, e pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na quinta-feira à noite, uma ronda de negociações chave deverá ter lugar em Washington entre 21 e 26 de abril.
"Os Estados Unidos respeitam a intenção da Ucrânia de evitar conflitos na redação do acordo com as obrigações da Ucrânia no âmbito da adesão à União Europeia ou de acordos com instituições financeiras internacionais e outros credores oficiais", diz o documento.
No início de abril, a Ucrânia procurou assegurar a Bruxelas que não se afastaria da sua candidatura à adesão em resultado das negociações com os EUA.
"Deverá ser um acordo de parceria, em condições iguais para ambas as partes", afirmou o primeiro-ministro ucraniano Denys Shmyhal durante uma visita a Bruxelas.
Estas garantias foram dadas depois de uma versão preliminar do acordo sobre minerais, que circulou no final de março e foi divulgada à imprensa, ter reavivado os receios de que pudesse fazer descarrilar as ambições do país de aderir ao bloco.
O que é que o acordo contém?
O acordo mineral proposto entre os EUA e a Ucrânia centra-se no desenvolvimento e no investimento conjunto nos recursos naturais da Ucrânia, incluindo minerais essenciais como o lítio, a grafite e o urânio.
O acordo visa a criação de um Fundo de Investimento para a Reconstrução para apoiar a recuperação da Ucrânia no pós-guerra, em troca do acesso dos EUA às principais infra-estruturas ucranianas e de uma parte dos lucros.