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Sérvia tenta realinhar-se com a UE com primeira visita de Vucic à Ucrânia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, à esquerda, e o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, falam enquanto posam para uma fotografia com outros líderes após a cimeira de 28 de fevereiro de 2024
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, à esquerda, e o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, falam enquanto posam para uma fotografia com outros líderes após a cimeira de 28 de fevereiro de 2024 Direitos de autor  AP Photo
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De Sasha Vakulina
Publicado a Últimas notícias
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De acordo com fontes políticas europeias da Euronews, a participação do presidente sérvio na Cimeira Ucrânia-Sudeste da Europa assinala o realinhamento da Sérvia com a UE relativamente à guerra da Rússia na Ucrânia.

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O presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić, está de visita à Ucrânia esta quarta-feira, naquela que é a sua primeira deslocação ao país.

Durante a viagem de um dia, Vučić participa na Cimeira Ucrânia-Sudeste da Europa, em Odessa, anunciou o Gabinete Presidencial da Sérvia.

De acordo com as fontes políticas europeias da Euronews, a participação do presidente sérvio na cimeira assinala o realinhamento da Sérvia com a UE relativamente à invasão total da Ucrânia pela Rússia.

A Sérvia tem-se posicionado como neutra no que diz respeito à guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas a recente visita de Vučić a Moscovo para o desfile do Dia da Vitória do presidente russo, Vladimir Putin, suscitou fortes críticas de Bruxelas relativamente à candidatura da Sérvia à UE.

Bruxelas emitiu um aviso severo, indicando que a visita de Vučić a Moscovo violaria os critérios de adesão à UE e potencialmente prejudicaria o processo de adesão da Sérvia ao bloco de 27 membros.

De acordo com as fontes políticas europeias da Euronews, a participação de Vučić na cimeira de Odessa e o seu simbolismo deverão levar Bruxelas a reabrir e a acelerar os capítulos do alargamento da UE à Sérvia.

Neste contexto, como um gesto para com a Sérvia, a Ucrânia não convidou o Kosovo para a cimeira, disseram as mesmas fontes à Euronews.

Rússia acusa a Sérvia de armar a Ucrânia

Recentemente, a Rússia acusou a Sérvia de exportar armas para a Ucrânia, classificando este facto como uma "facada nas costas" de um dos mais antigos aliados europeus de Moscovo.

O Serviço de Informações Externas da Rússia (SVR) emitiu uma declaração afirmando que "as empresas de defesa sérvias, contrariamente à 'neutralidade' declarada por Belgrado oficial, continuam a fornecer munições a Kiev".

A declaração alegava que a exportação de armas sérvias para a Ucrânia passava por intermediários da NATO, "principalmente a República Checa, a Polónia e a Bulgária".

"Recentemente, opções exóticas envolvendo Estados africanos também foram usadas para esse fim", disse o SVR.

Vučić negou as acusações, afirmando que, embora exista um contrato com a República Checa, este não permite a exportação de material de fabrico sérvio para outro país.

Afirmou ainda que Moscovo e Belgrado iriam criar um "grupo de trabalho" para determinar como é que as armas de fabrico sérvio chegaram à Ucrânia.

A Cimeira Ucrânia-Sudeste da Europa em Odessa reúne representantes de 12 países do sudeste da Europa.

Entre eles está o presidente romeno Nicusor Dan, que faz a sua primeira viagem à Ucrânia desde que venceu as eleições de maio.

A Rússia tem visado regularmente a cidade portuária de Odessa com ataques de mísseis e drones.**

Na terça-feira, duas pessoas morreram na sequência de ataques com drones que atingiram edifícios residenciais e instalações médicas, incluindo uma maternidade, segundo as autoridades. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse mais tarde que 13 pessoas também ficaram feridas na cidade.

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