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Rússia lança 550 drones e mísseis contra a Ucrânia "num dos ataques de maior escala"

Nesta foto fornecida pelo Serviço de Emergência Ucraniano, socorristas trabalham para extinguir um incêndio após um ataque russo na região de Kiev, Ucrânia, sexta-feira, 4 de julho de 2025.
Nesta foto fornecida pelo Serviço de Emergência Ucraniano, socorristas trabalham para extinguir um incêndio após um ataque russo na região de Kiev, Ucrânia, sexta-feira, 4 de julho de 2025. Direitos de autor  AP/Ukrainian Emergency Service via AP
Direitos de autor AP/Ukrainian Emergency Service via AP
De Lucy Davalou
Publicado a Últimas notícias
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Na noite de sexta-feira, quando Kiev sofreu um grande ataque, um residente no centro da capital ucraniana disse à Euronews que o número de drones Shahed "é muito maior e mais mortífero do que antes".

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Durante a noite de sexta-feira, a Rússia lançou um ataque aéreo maciço contra a Ucrânia, com 550 drones e mísseis a atingirem alvos por todo o país.

Kiev foi o principal alvo dos ataques de Moscovo, tendo pelo menos 23 pessoas ficado feridas, das quais 14 foram hospitalizadas, segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko.

A capital ucraniana foi atingida diretamente por nove mísseis e 63 drones, tendo-se registado danos em oito áreas diferentes. Os destroços dos ataques caíram ainda em mais de 30 outros locais da cidade.

Joseph Haim Roche, um residente em Kiev cujo cunhado está a combater na linha da frente em defesa da Ucrânia, disse à Euronews que os recentes ataques à cidade se intensificaram.

"Os drones Shahed são muito mais numerosos e mortíferos do que antes. Temos tendência para nos abrigarmos mesmo durante os ataques com drones; estamos todos um pouco paranóicos", afirmou.

Roche partilhou a sua experiência após passar uma noite numa estação de metro de Kiev, que os residentes utilizam como abrigo durante os ataques aéreos.

"Nas últimas noites, temos ido ao metro. Há um abrigo a menos de 100 metros de casa, mas é impossível passar lá a noite. É húmido, não há espaço suficiente e, durante os grandes ataques, fica demasiado cheio", disse Roche.

"Sinceramente, estou cansado, mas não é só por causa disso. Foram três anos e meio de guerra, por isso, estamos a começar a ficar um pouco... Começou a tornar-se difícil, acho eu".

Zelenskyy: Rússia não mostra qualquer intenção de acabar com a guerra

O ataque de sexta-feira à noite deixou casas, uma escola, lojas, um centro médico e muitas outras infraestruturas civis danificadas na cidade, de acordo com Klitschko.

Na sequência dos incêndios provocados pelos ataques, os residentes foram alertados para uma diminuição acentuada da qualidade do ar devido ao fumo que se faz sentir na cidade. As autoridades pediram aos cidadãos de Kiev que mantivessem as janelas fechadas por precaução.

Os bairros mais afetados incluem Solomianskyi, Holosiivskyi, Sviatoshynskyi, Darnytskyi, Dniprovskyi e Shevchenkivskyi.

A infraestrutura ferroviária da cidade também foi danificada, o que provocou atrasos de até duas horas para os passageiros.

De acordo com as forças de defesa aérea ucranianas, foram utilizados 539 drones do tipo Shahed e chamarizes no ataque, bem como seis mísseis balísticos, quatro mísseis de cruzeiro Iskander e um míssil aerobalístico Kinzhal.

No entanto, 478 dos ataques aéreos foram abatidos ou neutralizados através de guerra eletrónica, e dois dos mísseis de cruzeiro foram abatidos.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou que se tratou de um dos ataques aéreos de maior escala, classificando-o de "deliberadamente maciço e cínico". Sublinhou que os primeiros alertas de ataques aéreos em todo o país foram emitidos "quase em simultâneo com os relatos dos meios de comunicação social sobre uma chamada telefónica entre o presidente Trump e Putin".

"Mais uma vez, a Rússia está a mostrar que não tem intenção de acabar com a guerra e o terror", disse Zelenskyy.

"Tudo isto é uma prova clara de que, sem uma pressão verdadeiramente em grande escala, a Rússia não mudará o seu comportamento estúpido e destrutivo", acrescentou o presidente da Ucrânia, apelando aos EUA para que exerçam mais pressão sobre a Rússia com sanções mais duras.

"Por cada ataque deste tipo contra pessoas e vidas humanas, a Rússia deve sentir sanções adequadas e outros golpes na sua economia, nas suas receitas e nas suas infra-estruturas".

"Esta é a única coisa que pode ser alcançada rapidamente para mudar a situação para melhor. E isso depende dos nossos parceiros, principalmente dos Estados Unidos", concluiu Zelenskyy.

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