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Merz e Starmer assinam tratado sobre defesa e migração

Friedrich Merz e Keir Starmer assinam um tratado de cooperação em Londres, 17 de julho de 2025.
Friedrich Merz e Keir Starmer assinam um tratado de cooperação em Londres, 17 de julho de 2025. Direitos de autor  AP Photo
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De Tamsin Paternoster
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O Reino Unido e a Alemanha assinaram, na quinta-feira, um tratado de ajuda mútua em caso de ataque e combate ao tráfico de migrantes. O pacto também reforça a cooperação militar e económica.

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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, assinaram um tratado de defesa e de migração "inédito" entre os dois países, que formaliza o compromisso de apoio mútuo em caso de ataque.

"Este é um dia histórico para as relações germano-britânicas", afirmou Merz, durante a primeira visita oficial ao Reino Unido desde que tomou posse em maio.

"Queremos trabalhar em conjunto de forma mais estreita, especialmente após a saída do Reino Unido da União Europeia. Já era altura de concluirmos um tratado deste tipo".

Starmer descreveu o acordo como "o primeiro do género", considerando ser uma declaração da "ambição de trabalhar em conjunto de forma cada vez mais estreita".

O chamado Tratado de Kensington - o primeiro desde a Segunda Guerra Mundial - também inclui um compromisso de Berlim no sentido de criminalizar o tráfico de pessoas para o Reino Unido.

"O compromisso do Chanceler Merz de efetuar as alterações necessárias à legislação alemã para interromper o abastecimento das perigosas embarcações que transportam imigrantes irregulares através do Canal da Mancha é extremamente bem-vindo", disse Starmer.

De acordo com uma declaração de Downing Street, a alteração legal - que deve ser aprovada até ao fim do ano - vai dar às autoridades alemãs mais poderes para investigar e atuar contra os armazéns utilizados pelos contrabandistas para esconder pequenas embarcações destinadas à travessia do Canal da Mancha.

O tratado alarga o pacto de defesa que o Reino Unido e a Alemanha, dois dos maiores apoiantes europeus da Ucrânia, assinaram no ano passado, comprometendo-se a uma cooperação mais estreita contra a ameaça da Rússia.

Starmer tenta construir pontes com a Europa

Starmer tem trabalhado para melhorar as relações com os vizinhos europeus, que ficaram tensas depois da saída do Reino Unido da União Europeia em 2020.

Embora tenha excluído a possibilidade de voltar a aderir ao mercado único, procurou aumentar a cooperação no domínio da defesa e reduzir as barreiras comerciais através de novos acordos.

Durante um almoço de trabalho no número 10 de Downing Street, os dois líderes também discutiram formas de aumentar o apoio europeu à Ucrânia, incluindo o anúncio de que a empresa alemã de defesa Stark, que fabrica drones para o conflito, vai abrir uma fábrica no Reino Unido.

Um documento divulgado pelo governo alemão afirma que os países estão empenhados numa maior cooperação em exercícios militares e de treino conjuntos, bem como em trabalhar para combater as ameaças cibernéticas e a guerra da informação.

Os dois líderes também revelaram uma campanha de exportação conjunta para coproduzir equipamentos como os veículos blindados Boxer e jatos Typhoon, bem como para desenvolver um míssil de ataque de precisão profunda durante a próxima década.

Friedrich Merz e Keir Starmer antes de um encontro no número 10 de Downing Street, em Londres, 17 de julho de 2025.
Friedrich Merz e Keir Starmer antes de um encontro no número 10 de Downing Street, em Londres, 17 de julho de 2025. Leon Neal/WPA ROTA

Outras partes do tratado visam aprofundar a cooperação económica, promovendo o emprego e a criação de postos de trabalho altamente qualificados, planos para uma nova ligação ferroviária transfronteiriça e medidas de isenção de vistos para determinados grupos.

Sobre o acordo limitado que vai facilitar o intercâmbio de crianças em idade escolar, Merz disse estar satisfeito com o facto de o acordo permitir que "a geração jovem, em particular, tenha a oportunidade de conhecer melhor os dois países".

Aquando da assinatura do acordo, Merz também disse ter ficado "surpreendido" ao saber que se tratava do primeiro tratado do género entre o Reino Unido e a Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.

"Estavam na União Europeia e pensávamos que isso era suficiente, mas agora estamos a aprender que não é suficiente, por isso temos de fazer mais", afirmou.

Outras fontes • AP

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