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Aude: imagens apocalípticas do "maior incêndio" das últimas décadas em França

As chamas de um incêndio florestal em rápida expansão numa região mediterrânica de França, perto da fronteira espanhola, são fotografadas na terça-feira, 5 de agosto de 2025.
As chamas de um incêndio florestal em rápida expansão numa região mediterrânica de França, perto da fronteira espanhola, são fotografadas na terça-feira, 5 de agosto de 2025. Direitos de autor  AP/AP
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De Serge Duchêne com AP
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O fogo continua a devastar a região montanhosa de Corbières, mas "avança menos rapidamente", afirma Agnès Pannier-Runacher. A ministra da Transição Ecológica afirma que se trata do "maior incêndio que atingiu França desde 1949". Pelo menos 16.000 hectares de vegetação foram queimados.

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Pelo menos 16.000 hectares de vegetação e de pinhal foram consumidos pelo fogo, "mais do que a área da cidade de Paris", segundo o coronel Christophe Magny, chefe dos bombeiros do departamento. "A noite estava mais fresca, o fogo está a progredir mais lentamente, mas este continua a ser o maior incêndio que atingiu França desde 1949", disse a ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, à Franceinfo, na quinta-feira.

De acordo com a base de dados sobre incêndios florestais em França (BDIFF), este é o maior incêndio ocorrido em França nos últimos vinte anos. Esta base de dados é disponibilizada pelos serviços do Estado. Enumera todos os incêndios que ocorreram em França desde 2006 e os que ocorreram na região mediterrânica desde 1973.

A tramontana, um vento seco e quente que potencia os incêndios, foi substituído por um vento marítimo que continuará a soprar na quinta-feira e "trará um ar mais húmido do que antes, o que é menos favorável à propagação do fogo", explicou François Gourand, um analista da Météo-France, à AFP, na quarta-feira.

Há a lamentar uma vítima mortal, uma mulher de 65 anos que se recusou a abandonar a sua casa em Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse. A autarquia contabilizou ainda 13 feridos: dois habitantes locais hospitalizados, um dos quais sofreu queimaduras graves, e onze bombeiros, um dos quais sofreu um traumatismo craniano, segundo o ministro do Interior, Bruno Retailleau, que visitou o local. Três pessoas foram dadas como desaparecidas, informou o município.

Mais de 2.100 bombeiros e vários aviões de bombardeamento de água combateram o incêndio que deflagrou na tarde de terça-feira na aldeia de Ribaute, no departamento de Aude, uma região rural e arborizada onde se situam vinhas.

François Bayrou descreveu o incêndio como uma "catástrofe de uma dimensão sem precedentes" e , na tarde de quarta-feira, o primeiro-ministro francês encontrou-se com os bombeiros e os habitantes de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, onde foi instalado o posto de comando dos bombeiros. O governante afirmou, nesse momento, ter ido expressar a “solidariedade nacional”.

A economia da região baseia-se na viticultura e no turismo e "estes dois setores foram afetados", sublinhou.

Bayrou afirmou que estava já em curso um inquérito para determinar a causa do incêndio.

O Ministério do Ambiente indicou que a região de Aude estava a atravessar um período de seca este mês, estando em vigor restrições à utilização da água. A falta de chuvas nos últimos meses "desempenhou um papel importante na propagação do incêndio, uma vez que a vegetação está muito seca", afirmou o Ministério em comunicado.

Outras fontes • franceinfo

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