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Drones russos podem atingir todas as capitais da UE, exceto Lisboa

Um drone iraniano Shahed lançado pela Rússia no céu segundos antes de atingir edifícios em Kiev, na Ucrânia
Um drone iraniano Shahed lançado pela Rússia no céu segundos antes de atingir edifícios em Kiev, na Ucrânia Direitos de autor  Efrem Lukatsky/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Joana Mourão Carvalho
Publicado a Últimas notícias
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Os novos drones Shaheds russos colocam quase toda a Europa sob ameaça, mas há uma capital europeia que escapa em caso de ataque, pelo menos para já.

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Com um alcance superior e uma capacidade de transportar uma maior carga explosiva, os novos drones Shahed russos, de fabrico iraniano, colocam quase toda a Europa ao alcance dos ataques do Kremlin. A única exceção, por enquanto, é Lisboa, de acordo com a publicação Defence Express.

De acordo com os serviços de informações militares ucranianos, o alcance de voo destes drones é de 1800 a 2500 quilómetros. Quanto às áreas de lançamento, parte da infraestrutura de lançamento russa para ataques na Ucrânia pode ser usada para o lançamento efetivo de drones sobre os países pertencentes à NATO.

A publicação analisou os locais de lançamento de drones mais favoráveis para a Rússia em caso de ataque ao Ocidente e destaca três localizações: o Cabo de Chauda, na Crimeia, uma base de lançamento em Bryansk, e uma terceira localizada nos arredores de São Petersburgo. 

A partir destas três localizações, os Shahed russos que têm um alcance de voo até 1.800 quilómetros são suficientes para atingir qualquer alvo em todo o território da Escandinávia, dos Bálticos, quase toda a Alemanha, Áustria e até uma parte do sul de Itália.

A situação muda de figura, contudo, com os drones com capacidade aumentada para atingir alvos a 2500 quilómetros de distância. Este aumento coloca também Itália, Reino Unido, Irlanda, Suíça e quase toda a França como alvos fáceis.

Os analistas da Defence Express admitem contudo outro cenário. Em caso de conflito com o resto da Europa, a Rússia poderia montar em poucos meses novos centros de lançamento no interior da Bielorrússia ou até mesmo na região de Kaliningrado. Este cenário poderia aproximar os drones 700 quilómetros, o que colocaria Madrid e todo o norte de Espanha à mercê dos ataques do Kremlin.

Isso faz de Lisboa a única capital europeia fora do alcance dos drones russos em caso de um possível ataque, embora a rápida evolução tecnológica e a capacidade da Rússia de estabelecer novos locais de lançamento em meses sugira que esta vantagem pode ser temporária para Portugal.

O artigo da Defence Express surge após uma série de incidentes com drones no norte da Europa: pelo menos quatro aeroportos na Dinamarca foram afetados no que parece ter sido um ataque coordenado de drones que invadiram o espaço aéreo. A mesma situação verificou-se em Oslo. Já no início de setembro, registaram-se várias incursões de drones na Polónia, durante ataques em grande escala da Rússia na Ucrânia.

Além disso, aponta para a importância de investir em defesas antiaéreas modernas e coloca a nu as vulnerabilidades da NATO e a necessidade de reforçar o seu flanco leste.

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