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137 ativistas da Flotilha chegaram a Istambul. Greta Thunberg humilhada por Israel

Activistas da Flotilha Global de Sumud
Activistas da Flotilha Global de Sumud Direitos de autor  Emilio Morenatti/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Emilio Morenatti/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Fortunato Pinto
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Mais de 130 ativistas da Flotilha Global Sumud chegaram a Istambul no sábado, depois de terem sido deportados de Israel. À chegada ao aeroporto, contaram as condições terríveis em que foram detidos e a forma como a ativista sueca Greta Thunberg está a ser tratada por Israel.

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137 dos mais de quatrocentos ativistas que tentaram furar o bloqueio marítimo de Israel com a missão Global Sumud Flotilla chegaram ao aeroporto de Istambul no sábado à tarde.

Depois de terem sido transportados para o porto de Ashdod na quinta-feira e detidos na prisão de Ketziot, no deserto do Negev, os ativistas foram deportados num voo da Turkish Airlines, entre eles cidadãos dos EUA, Itália, Reino Unido, Jordânia, Kuwait, Líbia, Argélia, Mauritânia, Malásia, Bahrein, Marrocos, Suíça, Tunísia e Turquia.

Greta Thunberg obrigada a beijar a bandeira de Israel

Os ativistas que chegaram a Istambul relataram que receberam maus-tratos e descreveram a forma como a ativista sueca Greta Thunberg está a ser humilhada pelas autoridades israelitas. Um ativista turco disse à agência de notícias Anadolu que Thunberg "foi arrastada pelos cabelos, bateram-lhe e foi forçada a beijar a bandeira israelita".

De acordo com a correspondência trocada entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco, a jovem de 22 anos disse ter recebido quantidades insuficientes de água e de alimentos. Afirmou também ter desenvolvido erupções cutâneas, que suspeita terem sido causadas por percevejos.

Thunberg falou de tratamento severo e afirmou que se sentou durante longos períodos em superfícies duras, recebeu pouca água e poucos alimentos.

O jornalista italiano Lorenzo D'Agostino, que faz parte do grupo de 26 italianos libertados no sábado e que chegou a Istambul, também falou das condições severas da detenção.

"Levaram-nos para terra e, uma vez lá, comportaram-se como um grupo terrorista. Deram-nos pontapés. Ficámos sem água potável durante mais de dois dias. De um modo geral, aproveitaram todas as oportunidades para humilhar qualquer um de nós", disse D'Agostino e sobre o tratamento dado a Thunberg confirmou: "Greta Thunberg, uma mulher corajosa, tem apenas 22 anos. Foi humilhada, embrulhada numa bandeira israelita e exibida como um troféu", afirmou.

"Tive a sensação de estar num local verdadeiramente bárbaro e esperei realmente que esta barbárie acabasse em breve", acrescentou D'Agostino, contando também a visita do ministro israelita da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir. "Ben Gvir estava à porta do ponto de chegada no porto de Ashdod quando chegámos. E certificou-se de que éramos tratados como terroristas, porque afirmava que o éramos".

Nos últimos dias, as autoridades israelitas divulgaram um vídeo de Ben Gvir, no qual este acusa os ativistas de serem terroristas e afirma que deteve a tripulação numa prisão de segurança máxima.

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