Apesar da conjuntura mundial pouco favorável, os construtores aeronáuticos conseguiram resultados melhores do que o esperado, no Salão Internacional de Farnborough.
Os dois principais concorrentes, a Boeing e a Airbus receberam esta semana encomendas para 444 aviões (197 para o construtor americano e 247 para o europeu), num valor de mais de 61 mil milhões de euros.
O céu ainda tem nuvens, mas as previsões não são assim tâo catastróficas, como explica o chefe executivo de operações e clientes da Airbus, John Leahy: “Este continua a ser um ano forte para a venda de aviões, apesar dos preços dos combustíveis e apesar de haver transportadoras a perder dinheiro com a subida dos preços. A razão é que as transportadoras continuam a substituir os aviões antigos. Hoje em dia, há cerca de 16 mil aviões de 100 ou mais lugares a viajarem pelo mundo. 3 mil deles usam tecnologias mais antigas e têm mais de 20 anos. As transportadoras aéreas têm de os substituir rapidamente, numa altura em que o petróleo atinge os 140 dólares por barril”.
Para o construtor europeu, há mais um inconveniente. A taxa de câmbio entre o euro e o dólar é neste momento, muito desfavorável.
“Quaisquer 10 cêntimos que o dólar enfraquece ou o euro fortalece, significam mil milhões de euros por ano, no fim da produção. Isto dignifica que todos devem encontrar formas de reduzir os custos em todo os domínios e comprar mais componentes em dólares”, declarou John Leahy
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A semana de negócios em Farnborough termina com um balanço bem menos pessimista do que se previa no início. E agora, durante o fim-de-semana, é a vez do grande público se deslumbrar com os aviões de ontem e de hoje.