Chips de identificação: Mundo ideal ou perigo real?

Chips de identificação: Mundo ideal ou perigo real?
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A NewFusion, perto de Bruxelas dé as boas vindas ao futuro através de um chip.

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A NewFusion, perto de Bruxelas dé as boas vindas ao futuro através de um chip. Os funcionários da empresa de marketing e tecnologia concordaram, voluntariamente, em implantar chips dentro das mãos.

Os kits foram comprados on-line e o sistema de identificação foi colocado e posteriormente testado. Vincent Nys, o CEO da empresa explica: “Agora estamos a instalá-lo para nós próprios. Somos nós que o controlamos. Mas se, um dia, o governo o colocar no mercado e o implementar nas pessoas – o sistema terá desvantagens. É preciso pensar nisso. Como lidamos com a privacidade, segurança e quais os dados que colocamos.”

Dries Van Craen, criou o software que é utilizado com o chip. “Basta digitalizar o chip para obter as informações pessoais, a música favorita do Spotify é adicionada à lista de reprodução do escritório para que seja combinada com as outras, para que todos ouçam a sua música preferida. É um painel personalizado. Esta é uma das aplicações. Só para mostrar o que pode ser feito em poucas horas. Imagine-se o que será possível fazer com este identificador pessoal dentro de alguns meses ou de alguns anos”.

É uma tecnologia que, no futuro, pode vir a redefinir os nossos padrões de vida. “Se andarmos de transportes públicos, eles têm os seus próprios cartões. Cada biblioteca tem o seu próprio cartão. Assim como cada loja. O mesmo acontece para o banco e para os cartões visa. São muitos cartões que podem ser compilados no chip e ser ligados à nossa identidade e não o contrário. Esse seria o mundo ideal”, diz Vincent Nys.

A tecnologia não impressiona todos os especialistas que acreditam que este “mundo ideal” será mais um: “perigo real”, como para o cientista Peter J. Bentley: “A tecnologia desenvolve-se rapidamente. É por isso que quando se constrói uma casa não é inteligente colocar as últimas tecnologias nas paredes, no chão e em tudo, porque em três anos, está tudo desatualizado. O mesmo se aplica às coisas que se colocarem no nosso corpo – em três anos está desatualizado. E sim, pode haver vulnerabilidades em termos de segurança e tudo isso. Queremos mesmo colocar e remover estes chips do corpo a cada três anos? Porque é esta a nossa situação e vai continuar a mudar constantemente.”

Já têm sido feitos outros testes com chips implantados, na Europa. Os clientes num bar, em Espanha, foram incentivados a pagar as bebidas com chips em 2013.

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