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Dinamarca lança campanha para ajudar pais a falarem com os filhos adolescentes numa tentativa de reduzir consumo de opiáceos

Um adolescente oferece comprimidos a um amigo.
Um adolescente oferece comprimidos a um amigo. Direitos de autor  Canva
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De Gabriela Galvin
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As autoridades dinamarquesas lançaram a campanha depois de um inquérito ter revelado que quase metade dos pais de Copenhaga não sabe o suficiente sobre os opiáceos para falar com os seus filhos sobre as drogas.

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"Se conhecem um jovem que pensam estar a consumir opiáceos, têm de tomar medidas".

Esta é a mensagem principal que a Dinamarca quer que os pais tenham em mente no âmbito da sua nova campanha para os levar a falar com os filhos adolescentes sobre o risco dos opiáceos, uma pequena mas crescente ameaça à saúde pública no país nórdico.

A autoridade sanitária dinamarquesa e a cidade de Copenhaga lançaram a campanha esta semana, depois de terem descoberto, num inquérito realizado em fevereiro, que 47% dos pais não sabe o suficiente sobre opiáceos para falar com os filhos sobre o assunto.

A campanha oferece conselhos de adolescentes e especialistas sobre como falar com os jovens sobre os opiáceos, que incluem alguns tipos de analgésicos sujeitos a receita médica, bem como a heroína e o fentanil, um opiáceo sintético ultra-potente.

Segundo a campanha, os pais devem abordar o assunto de forma descontraída, definir expetativas claras e evitar tornarem-se pregadores ou perturbadores.

"Com a nova campanha, vamos equipar melhor os pais e outros adultos que rodeiam os jovens para falarem sobre os opiáceos e mostrar-lhes a importância do papel que desempenham para os jovens", declarou Jonas Egebart, diretor da autoridade sanitária dinamarquesa, em comunicado.

Nova abordagem para um problema crescente

A sensibilização dos pais é um dos objetivos de um plano governamental anunciado no ano passado para evitar que os jovens abusem dos opiáceos, um problema de saúde pública que tem vindo a aumentar na Dinamarca nos últimos anos.

Embora algumas pessoas tomem opiáceos legalmente - por exemplo, doentes com cancro a quem são receitados analgésicos - estes podem rapidamente levar à dependência, o que, por sua vez, pode ter consequências mortais.

De 2018 a 2023, o número de dinamarqueses com 25 anos ou menos que foram hospitalizados devido a uma overdose de opiáceos aumentou de 142 para 239, o que representa um aumento de 68%.

Em 2023, o país registou 116 mortes relacionadas com opiáceos, a maioria ligada à metadona e à heroína, segundo dados do governo.

A nova abordagem da Dinamarca em relação aos opiáceos inclui uma série de medidas. As pessoas apanhadas na posse ou venda de drogas eram anteriormente multadas, mas de acordo com o plano do governo podem ser enviadas para a prisão.

O país está também a reforçar a vigilância da droga e vai tomar medidas para melhorar as opções de tratamento para as pessoas que lutam contra a dependência.

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