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Tem a tensão arterial elevada? Eis como reduzir o risco de ataque cardíaco e AVC

Um homem tem a sua tensão arterial verificada.
Um homem tem a sua tensão arterial verificada. Direitos de autor  Canva
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De Gabriela Galvin
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Novo estudo sobre o tema é considero pelos investigadores do mesmo como a análise mais exaustiva até à data para explorar a forma como o controlo intensivo da tensão arterial afeta a saúde das pessoas.

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Um novo estudo concluiu que os esforços intensivos para reduzir a tensão arterial elevada podem diminuir o risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral.

A tensão arterial elevada, também conhecida por hipertensão, é um problema de saúde comum que afecta cerca de 1,28 mil milhões de adultos com idades compreendidas entre os 30 e os 79 anos em todo o mundo. Se não for tratado, este problema pode causar doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e doenças renais.

Os médicos aconselham frequentemente os doentes com hipertensão a tomar medicação e a fazer alterações no estilo de vida, como exercício físico regular e uma dieta saudável, para baixar a sua tensão arterial sistólica para cerca de 140 mmHg.

A pressão arterial sistólica é o mais alto dos dois números de uma leitura, refletindo a pressão nas artérias quando o coração está a bombear o sangue. Um nível de 140 mmHg é considerado uma tensão arterial elevada, mas situa-se no extremo inferior do espetro da hipertensão.

O novo estudo, publicado na revista médica The Lancet, indica que o controlo intensivo da pressão arterial - tomar medidas para baixar ainda mais a pressão arterial sistólica, para menos de 120 ou 130 mmHg - pode reduzir o risco de problemas cardíacos graves, como ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.

As conclusões surgem no meio de um debate na comunidade médica sobre o nível exato de redução da tensão arterial que se deve procurar atingir. Alguns especialistas receiam que um controlo agressivo da pressão arterial possa aumentar o risco de quedas entre os idosos, por exemplo.

A equipa de investigação chinesa responsável pelo estudo afirmou que se trata da análise mais exaustiva até à data sobre o modo como esta abordagem afeta a saúde das pessoas.

Os investigadores analisaram dados de cerca de 80 000 pessoas que participaram em seis ensaios clínicos que testaram métodos de controlo da pressão arterial na China, no Canadá e nos Estados Unidos.

A investigação deu conta que, em todos os ensaios, as pessoas que seguiram a via do controlo intensivo - uma combinação de medicação e alterações do estilo de vida, como perda de peso e deixar de fumar - tiveram menos ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e mortes relacionadas com doenças cardiovasculares do que as pessoas que foram tratadas com objetivos normais de pressão arterial.

No entanto, o grupo de controlo intensivo teve maior probabilidade de sofrer efeitos secundários como tonturas, desmaios, problemas renais e ritmo cardíaco anormal.

Os resultados sugerem que existe um "benefício líquido" no controlo intensivo da pressão arterial, segundo os autores do estudo, que recomendam que os médicos adotem uma abordagem diferenciada que tenha em conta as circunstâncias de cada um dos seus pacientes e afirmam que os resultados "sublinham a importância de estratégias individualizadas para otimizar os resultados, evitando tanto o tratamento excessivo como o tratamento insuficiente".

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