Renovada pena de prisão preventiva para dois suspeitos de corrupção no PE

O planário do Parlamento Europeu vai votar em breve o levantamento de imunidade de dois eurodeputados
O planário do Parlamento Europeu vai votar em breve o levantamento de imunidade de dois eurodeputados Direitos de autor Jean-Francois Badias/AP
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De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva
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O assistente no Parlamento Europeu, Francesco Giorgi, e o lobista na mesma instituição, Nicolo Figa-Talamanca, foram presentes a um juiz, quinta-feira, em Bruxelas.

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O assistente no Parlamento Europeu, Francesco Giorgi, e o lobista na mesma instituição, Nicolo Figa-Talamanca, vão manter-se em prisão preventiva, informou, quinta-feira, o Ministério Publico Federal da Bélgica.

A medida de coação, decretada em dezembro passado, foi renovada po rmais um mês, para estes dois dos quatro detidos no âmbito do escândalo de corrupção no Parlamento Europeu.

Os outros detidos são Eva Kaili e Pier Antonio Panzeri, sendo que Giorgio é companheiro da eurodeputada grega e foi colaborador do ex-eurodeputado italiano.

Panzeri é considerado o líder da alegada organização criminosa e fez um acordo com as autoridades para dar detalhes do caso em troca de uma pena mais suave.

Um eurodeputado belga de centro direita, Pascal Arimont, quer que a confiança no Parlamento seja restabelecida: "Este caso está para lá do alcance da imaginação. Esta distribuição de dinheiro parece-se com um mau filme, em que todos participamos", disse à euronews. 

"Mas não participamos, porque a maioria das pessoas que aqui trabalham não estavam envolvidas no caso. Essas coisas têm de ser conhecidas e têm de ser punidas com severidade, para que as pessoas recuperem toda a confiança  nesta instituição", acrescentou.

As autoridades estão interessadas em ouvir os eurodeputados socialistas belga,  Marc Tarabella, e italiano, Andrea Cozzolino.

O Parlamento Europeu está, ainda, a analisar o pedido de levantamento da imunidade de ambos, que deverá ser decidido em sessão plenária, na próxima semana, ou em meados de fevereiro.

Andrea Cozzolino negou qualquer atividade ilegal quando compareceu, esta semana, na comissão parlamentar de Assuntos Juridicos.

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