A hora das mulheres e crianças

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De  Euronews
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O futebol deixou há muito de ser só para homens de barba rija – o Mundial feminino do ano passado, na Alemanha, foi um sucesso, quer financeiro, quer para o público.

O futebol feminino está a ganhar adeptos também na Ucrânia, um dos países organizadores do próximo Euro.

Olha Boychenko, da seleção nacional, e Daryna Kravetz, dos sub-19, garantem que as mulheres não ficam aquém dos homens: “Os homens têm vantagem no contacto físico e na velocidade. Mas isso é discutível. O futebol feminino hoje é diferente. Antes, não havia tática, o treinador dava-nos a bola e tínhamos que jogar, sem saber muito bem o que fazer. Hoje é tudo profissional, como no futebol masculino”, diz Olha.

“Em termos puramente desportivos, no que toca aos treinos, não há diferença entre os homens e as mulheres. A diferença é talvez que as mulheres precisam de uma abordagem diferente, já que o organismo e a psicologia são diferentes dos homens. Além de que são mais vulneráveis”, diz o selecionador da equipa feminina ucraniana, Anatoliy Kutsev.

O treinador diz ainda que as mulheres são o futuro do futebol. Mas este ponto de vista não é partilhado por muitos na Ucrânia. Os media dão pouca atenção ao futebol feminino e a maior parte das jogadoras joga no estrangeiro, já que há pouco dinheiro para a modalidade: “O futebol masculino tem muito mais dinheiro que o feminino e recolhe muito mais atenção. Dizem que o futebol não é um desporto para mulheres”, diz Daryna Kravets.

Se o futebol feminino passa por dificuldades, o mesmo não acontece nas camadas jovens. Pelo menos na academia do Shakhtar Donetsk.

As condições ao dispor dos alunos são de fazer inveja a muitas equipas seniores da primeira divisão.

Por enquanto, não há equipa feminina, só treinam aqui rapazes, que vivem nas instalações. A academia do Shakhtar foi criada com base no modelo das melhores da Europa.

Os olheiros da academia do Shakhtar procuram rapazes, a partir dos 8 anos, por todo o país. Alguns são mesmo arrancados a outros clubes: “Antes jogava no Dínamo de Kiev, depois convidaram-me para vir para aqui. Estou muito satisfeito, os treinos são melhores, tudo é melhor”, diz Andriy Kravchuk, de 12 anos.

Com o exemplo da equipa sénior, atual campeã da primeira divisão, as crianças cultivam sonhos ambiciosos.

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