Educação: Trabalhos em curso

Educação: Trabalhos em curso
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De  Euronews
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Um futuro melhor constrói-se de mãos dadas com ideias inovadoras.

O World Innovation Summit for Education (WISE), abriu as portas em Doha, no Qatar, este ano sob o mote “Colaborar para a mudança”

O objetivo é assegurar a qualidade e o acesso à educação para todos e enfrentar os desafios que se colocam ao ensino.

A primeira-dama, sheika Moza Bint Nasser, diretora da fundação do Qatar anunciou a criação do “Educate a child”, um projeto que tem por objetivo angariar 61 milhões de dólares para levar mais crianças à escola primária.

Irina Bokova, Unesco:

“Infelizmente o mundo está a desviar-se dos objetivos do Milénio da ONU para 2015. Temos de fazer tudo o que for possível para escolarizar as crianças e penso que a nova iniciativa ‘Educate a child’ é extremamente importante”.

Chegar às crianças que vivem em condições dificílimas nos países subdesenvolvidos é a principal preocupação da cimeira.

Vários galardões são todos os anos entregues a projetos criativos que podem melhorar a vida das pessoas.

As experiências levadas a cabo nos países desenvolvidos também marcam presença na cimeira. A plataforma dá destaque aos mais recentes projetos na área da educação e tenta repensar as políticas educativas de forma a melhor enfrentar os grandes desafios como o desemprego.

“Education and the workforce”, “Educação e força de trabalho”, foi um dos debates mais quentes, especialmente com a crise económica na Europa que deixa no desemprego mais de 50% dos jovens em países como Espanha e Grécia e cerca de 40% em Portugal.

Christine Evans-Klock, Organização Internacional do Trabalho:

“A política da Organização Internacional do Trabalho é muito clara: temos de estimular o crescimento do emprego. Isto não é um luxo pelo qual podemos aguardar até que a economia estabilize, é a forma para sairmos da recessão. Também temos de garantir que os investimentos no ensino são relevantes para o mercado de trabalho e que toda a gente tenha acesso a uma educação de qualidade e não apenas os extratos privilegiados da sociedade”.

Como fazer com que a educação e capacidades técnicas respondam às necessidades do mercado de trabalho, foi outro dos temas em discussão.

Que aptidões são necessárias no século XXI? A pergunta foi lançada no debate “Real world learning” que discutiu a importância das vocações profissionais hoje em dia e como podem ser uma solução para os inúmeros jovens que não conseguem encontrar emprego.

Marwan Tarazi
Center for Continuing Education, Universidade Birzeit, Palestina:
“O problema é que existem imensos desempregados e inúmeras pessoas que precisam de arranjar trabalho e que já não podem dar-se ao luxo de esperar pelo emprego perfeito. Têm de trabalhar onde conseguirem, de forma a construírem uma vida melhor. É este o espírito que os jovens nos países árabes e outros países em vias de desenvolvimento têm de atingir. Têm de parar com as fixações e mais cedo ou mais tarde vão acabar por habituar-se, porque é isso que vai funcionar”.

Enquanto mais de 80 oradores debatiam ativamente modelos educativos com 30 estudantes, à margem da cimeira, a arte também desempenhou o seu papel.

A soprano Barbara Hendricks foi a estrela convidada para o jantar de gala e houve ainda espaço para uma exposição do fotógrafo Reza Deghati:

“O meu projeto de futuro é a educação para a paz e quero explicar às pessoas que é possível termos um mundo sem fronteiras nem guerras”.

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