O grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch acusa a polícia da Republica Democrática do Congo de ter assassinado 51 pessoas e de ter feito desaparecer outras 31.
Os crimes terão acontecido durante uma operação contra grupos criminosos em Kinshasa entre novembro e fevereiro.
“Eles andaram de bairro em bairro, à procura de suspeitos do gangue koluna e, habitualmente, não investigam quem são as pessoas. Então, inocentes acabaram por ser vítimas. Nalguns casos arrastam homens e rapazes das suas casas, espancam-nos e humilham-nos em frente à família e aos vizinhos, nalguma casos são baleados e mortos”, afirma Ida Sawyer, da Human Rights Watch.
Ainda não houve resposta ao relatório da ONG, mas em outubro o ministério do Interior rejeitou um dossiê idêntico das Nações Unidas e acusou os autores de tentarem desestabilizar o governo.
Isto apesar de existirem registos e testemunhas das operações.
“Eles partiram com o meu filho. E já lá vai um ano desde que eles o levaram”, diz uma mulher.
Na sequência das acusações da ONU, o governo chegou mesmo a expulsar o chefe da delegação do departamento de direitos humanos das Nações Unidas.
Depois de uma reação negativa do conselho de segurança, o ministério do Interior deu indicações para dar espaço à agência da ONU.