Uma nuvem negra paira sobre o futuro dos refugiados da guerra civil Síria. Menos dinheiro e mais restrições para um crescente número de pessoas.
Uma nuvem negra paira sobre o futuro dos refugiados da guerra civil Síria. Menos dinheiro e mais restrições para um crescente número de pessoas.
O alerta é deixado pelo ACNUR Alto Comissariado das Nações Unidos para os refugiados que apela para os países ocidentais a acolherem quase 5% dos 3,2 milhões de refugiados ou seja 130 mil.
António Guterres, líder do ACNUR afirma que “as necessidades humanitárias estão a aumentar exponencialmente. Naturalmente, os fundos disponíveis para dar resposta não estão a crescer da mesma forma. Não só temos menos dinheiro como temos mais restrições nas formas de o gastar para responder a essas necessidades.”
O recente anúncio do Programa Alimentar Mundial de que iria suspender a assistência a 1,7 milhões de refugiados sírios torna a situação ainda mais sombria. E os mais necessitados receiam pelo futuro.
“Os vales são essenciais e se os vales desaparecerem significa que não há refúgio. Como vão as pessoas viver? Não há empregos, não há trabalho”, afirma um refugiado na Jordânia.
E são os países que fazem fronteira com as regiões em conflito os mais pressionados – Turquia, Líbano ou Jordânia não têm mãos a medir.
“Podemos continuar assim durante algum tempo. Depois eu volto para o meu país. Se morrer por causa de uma bomba, irei morrer como um mártir. É melhor do que morrer de fome”, diz um homem no Libano.
Desde 2013, o Reino Unido apenas acolheu 90 refugiados sírios. Londres tem sido criticada por várias organizações não-governamentais. Pelo contrário, a Alemanha é vista como um exemplo a seguir, prometeu acolher 30 mil refugiados.