Tentativa de censura norte-coreana catapultou filme The Interview para a glória

Tentativa de censura norte-coreana catapultou filme The Interview para a glória
De  Euronews

Raramente, nestes últimos anos, uma comédia americana provocou tão inusitado alarido: “The Interview’‘, o filme satírico sobre o líder norte-coreano

Raramente, nestes últimos anos, uma comédia americana provocou tão inusitado alarido: “The Interview’‘, o filme satírico sobre o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, está a bater recordes não nas salas, mas na internet, onde foi descarregado dois milhões de vezes em quatro dias.

A Sony Pictures, que proibiu a saída no cinema, depois das amea4as dos hackers, aceitou finalmente a projeção do filme, mas apenas em 300 salas, contra as 3000 previstas inicialemnte.

Todos os lugares foram vendidos num ápice para a estreia do filme, no dia de Natal. Mas a crítica não se divertiu assim tanto quanto o público admitiu, à saída das salas:

- É uma farsa de alto nível, em comparação com “Há um piloto neste avião?” ou Hot Shots”.

- É divertido, divertido….

- Super divertido, engraçado.

- É um grande filme, divertido.

O filme está disponível em versão original nas diferentes plataformas para descarregar em linha. Já gerou, desde o Natal, mais de 15 milhões de dólares de lucro (mais de 12 milhões de euros), incluindo vendas e aluguer. É o melhor resultado da Sony Pictures para uma longa metragem na Internet.

O sucesso enraiveceu os norte-coreanos. Abertamente hostil à saída do filme, que parodia o seu líder, o regime de Pyongayang ameaçou o governo dos Estados Unidos e cumpriu as ameaças de divulgação da vida privada de figuras públicas.

A Casa Branca apoiou a exibição do filme, em primeiro lugar através de comunicados oficiais e depois, antes da estreia, com uma opinião sobre o assunto, do próprio presidente Obama, no dia 19 de dezembro::

“- Imaginem se os produtores e distribuidores começam a autocensurar-se para não ferir a suscetibilidade de alguém que até necessita de ter a sensibilidade ofendida”.

O filme de Seth Rogen e Evan Goldberg, com James Franco, é mais do que uma crítica ao totalitarismo de Kim Jong-Un e ao seu regime militar. Apresenta o chefe de Estado da ditadura norte-coreana como uma figura grotesca, que os protagonistas planeiam assassinar, “a mando” da CIA.

O desenvolvimento do filme segue a tónica dos filmes de ação para adolescentes, mas este tem a mais o encanto do inimigo perseguido. Os produtores não sonhavam com tamanha popularidade.

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