Samaras quer manter o rumo da estabilidade na Grécia

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O golpe de mestre que esperava Antonio Samaras termina em golpe fatal: o primeiro-ministro não teve outra escolha que a de pedir ao presidente grego

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O golpe de mestre que esperava Antonio Samaras termina em golpe fatal: o primeiro-ministro não teve outra escolha que a de pedir ao presidente grego, no fim de dezembro, para convocar eleições antecipadas. Mas ao avançar as presidenciais em dois meses, Samaras arriscou demais.

O parlamento grego falhou três vezes a eleição do presidente do país, o que abriu, automaticamente, as portas a eleições legislativas antecipadas, marcadas para 25 de janeiro.

Antonis Samaras, de 63 anos, pertence a uma família rica e culta, e é o rosto da Nova Democracia, desde 2009.

Foi ele que liderou a Grécia no pior momento da crise. No dia 17 de junho de 2012, o dirigente conservador ganhou as eleições, pela segunda vez em dois meses (à primeira, não teve margem para fazer mais do que um governo tecnocrata, o que, à segunda, conseguiu).Prometeu respeitar os compromissos da Grécia, que continuou no euro, mas como o novo primeiro-ministro governou sem maioria absoluta:

“Apelo a todos os partidos que unam forças para formar um governo estável” – defendeu então, apesar de, na oposição, não ter feito o mesmo.

Um ano e dez meses mais tarde, a Grécia sofreu uma grande reviravolta: pela primeira vez, as obrigações gregas atrairam investidores dos mercados financeiros. A chanceler Merkel marcou o momento a seu lado. A Grécia conseguiu equilibrar as finanças e projeta mesmo o crescimento de 2,9% para 2015.

Mas a que preço humano? Milhares de empresas encerraram, o desemprego disparou para 27%, 1,5 milhões de pessoas ficaram sem trabalho.

Candidato à reeleição, Samaras prometeu reduzir o imposto das empresas de 26% para 25% e o imposto de rendimentos mais altos, de 42% para 33%.
Prometeu ainda reduzir os impostos sobre os bens imobiliários, mas não avançou números. Pelo menos não vai reduzir o valor das reformas nem baixar os salários.

Mas Samaras condicionou as promessas às negociações com a Troika, a Comissão Europeia, o Banco Europeu e o FMI, pois os credores da Grécia exigem respeito dos compromissos assumidos, para Atenas poder ter acesso à continuação do plano de resgate uropeu.

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