Detenções em larga escala na Turquia, numa operação que o presidente Recep Erdogan justifica como combate a um estado paralelo. Pelo menos vinte e
Detenções em larga escala na Turquia, numa operação que o presidente Recep Erdogan justifica como combate a um estado paralelo.
Pelo menos vinte e quadro pessoas foram detidas esta terça-feira em Ankara, Istambul e outras duas cidades, no quadro de um inquérito de vastas dimensões aberto no seguimento das escutas ilegais ao presidente.
Mandatos de prisão foram emitidos contra agentes e antigos responsáveis da Autoridade reguladora das telecomunicações (TIB) e da Agência nacional para a tecnologia.
O presidente Erdogan denunciou um complot para desviar a Turquia dos seus objetivos, depois de várias vezes ter atribuído a responsabilidade ao seu oponente político Fethullah Gülen, que vive nos Estados Unidos.
Em pano de fundo está o escândalo de corrupção que atingiu o chefe de estado, seus familiares e ministros, em consequência de escutas telefónicas cuja autenticidade é desmentida por Erdogan.
Entretanto o jornal oficial anunciou uma nova purga na hierarquia das forças de segurança, com a substituição de 21 chefes regionais da polícia, depois das quase oito centenas de substituições no aparelho judicial aprovadas na semana passada pelo Alto-conselho dos juízes e procuradores.
Desde o verão passado, uma série de operações conduziram à detenção de dezenas de pessoas, entre os quais vários membros das estruturas policiais, onde supostamente Fethullah Gülen contava com numerosos apoiantes.